Por Redação O Sul | 10 de abril de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Caciques do MDB já admitem, nos bastidores, que são “ínfimas” as chances de o presidente Michel Temer concorrer a um segundo mandato. Por outro lado, cresce internamente o apoio à candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, filiado à legenda na última semana.
No estaleiro após uma operação no fêmur (por causa de uma queda sofrida em frente a um restaurante de Brasília), o senador Edison Lobão (MDB-MA) tem conversado bastante com José Sarney. De acordo com o parlamentar, o ex-presidente, espécie de “ministro informal de Temer”, tem dito que Meirelles será a via mais provável do partido para a disputa presidencial.
Sondagem
Em meio à divisão interna, o MDB avalia fazer uma pesquisa nos próximos dias para sondar, entre os filiados, o apoio a Meirelles.
“Plano B”
Após a prisão de Lula, o PT irá testar, discretamente, um “plano B” para a disputa presidencial de outubro.
Comitês
O ex-ministro Jaques Wagner (PT-BA) comanda pessoalmente, nas próximas semanas, a instalação dos chamados “Comitês pela Democracia” Brasil afora.
Fake news
Paula Bernadelli, da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), aponta o principal “empecilho” para o combate às chamadas “fake news”: a falta de uma legislação específica sobre o tema.
Efeito-Lula
Deputados e senadores petistas avaliam que será “muito difícil” manter as bancadas nas duas casas legislativas, após a prisão de Lula. Os mais pessimistas falam em redução pela metade dos número de parlamentares da legenda na Câmara e no Senado.
Troca-troca
Após o troca-troca permitido pela chamada “janela partidária”, encerrada na última sexta-feira (6), a maior bancada na Câmara é a do PT, com 57 deputados federais. No Senado, são dez parlamentares da sigla – dos quais cinco são alvos de inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).
Mundo em crise
Circula o paradoxo nas rodinhas: Lula conseguiu colocar a direita conservadora no cabaré e a esquerda em uma missa. Tratam-se dos episódios do empresário paulista que deu cerveja na porta de sua boate (para comemorar a prisão do ex-presidente) e da celebração religiosa que petistas acompanharam em memória de Dona Marisa Letícia, no sábado, quando ela faria 67 anos.
A queda
O jornal francês “Le Monde” destacou, em longa reportagem, detalhes que antecederam a prisão de Lula. De perfil esquerdista, o diário resumiu: “Sábado, uma parte do Brasil chorou a desgraça do antigo chefe de Estado, enquanto a outra celebrava a sua queda”.
Lento trâmite
Um ano e quatro meses depois de aprovado no Senado, o projeto de lei 6621/16, que propõe medidas para fortalecer as agências reguladoras federais, enfim começa a tramitar na Câmara dos Deputados.
Insegurança jurídica
Presidente da comissão especial que irá analisar a proposta, o deputado tucano Eduardo Cury (SP) afirma que as alterações na organização das agências reguladoras visam, principalmente, “dar segurança para técnicos concursados, de alta qualificação, que enfrentam insegurança jurídica na hora de tomar decisões”.
Sistema S
A CFTC (Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor) do Senado promove mais uma audiência, amanhã, para discutir a transparência no uso dos recursos do Sistema S.
Pedaladas
Serão ouvidos os presidentes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade, e o procurador Júlio Marcelo, que denunciou as “pedaladas” do governo de Dilma Rousseff.
Ponto Final
“Eu não tenho a menor dúvida de que o País está paralisado em todos os sentidos, com fortes ares de fragmentação.” – Do senador Paulo Paim (PT-RS)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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