Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2025
Em 28 de novembro foi assinada a soltura de Vorcaro, preso pela Polícia Federal.
Foto: Reprodução/InstagramDaniel Vorcaro, controlador do Banco Master, virou nos últimos dias assunto nas páginas de economia e polícia: preso pela Polícia Federal ao tentar embarcar em Guarulhos rumo a Dubai, ele é alvo de investigação que apura emissão de títulos de crédito sem lastro e outras irregularidades financeiras — e, em paralelo, as reportagens trouxeram à tona o estilo de vida ostentoso do banqueiro. Vorcaro foi solto dia 28 de fevereiro, ficando preso por 12 dias.
Antes da detenção, Vorcaro costumava circular entre viagens internacionais com a namorada, eventos exclusivos e propriedades de alto padrão. Fontes jornalísticas apontam que ele mantinha ao menos três aeronaves registradas em empresas do seu grupo, entre elas um jato executivo Dassault Falcon 7X avaliado em cerca de R$ 200 milhões, apreendido pela Polícia Federal durante a operação.
O brilho mais público de sua vida particular foi a festa de 15 anos da filha, realizada em novembro e amplamente repercutida: segundo veículos, o evento reuniu cerca de 500 convidados, custo estimado entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões e atrações como o DJ Alok, Chainsmokers e outras atrações nacionais, além de bolo e serviços sofisticados. Reportagens mostram ainda presentes e mimos para vizinhos e convidados que reforçaram o caráter extravagante da celebração.
Além da frota de jatos, apurações jornalísticas associaram Vorcaro a um portfólio de ativos de luxo — cotas em operações de compartilhamento de iates, helicópteros e até acesso a ilhas privativas — negócios que, segundo levantamentos, reforçam a imagem de um estilo de vida alinhado ao mercado de serviços exclusivos para alta renda. Parte desses bens foi alvo de busca e apreensão nas ações da Polícia Federal e da autoridade monetária.
No plano institucional, o episódio teve reflexos imediatos: o Banco de Portugal (autoridade local) não se envolveu diretamente, mas, no Brasil, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Banco Master, e a Polícia Federal cumpriu mandados em ao menos quatro estados e no Distrito Federal dentro da operação que levou à prisão de Vorcaro. As investigações, iniciadas em 2024, intensificaram-se ao longo do ano seguinte.
Após a detenção, decisões judiciais recentes (final de novembro) autorizaram a liberação de Vorcaro mediante medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, segundo relatos de agências internacionais. O caso segue em tramitação, com pedidos de explicações sobre origem e lastro dos títulos ofertados pelo banco e análise dos bens bloqueados pela Justiça.