Sábado, 25 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de março de 2016
A estratégia do Palácio do Planalto em oferecer cargos de primeiro e segundo escalões no governo, a fim de dividir a base aliada no Congresso Nacional, obrigou o vice-presidente Michel Temer a cancelar uma viagem a Portugal. Ele quer garantir uma vitória expressiva na reunião do diretório nacional do partido que comanda, o PMDB, marcada para terça-feira. Na ocasião, deve ser oficializado o rompimento da legenda com a presidenta Dilma Rousseff, passo considerado decisivo para o impeachment da petista.
Com Temer envolvido diretamente nos bastidores da articulação, o PMDB do Rio de Janeiro já anunciou que votará pela saída da base de apoio ao governo.
O Planalto já deu mostras, porém, de que utilizará o poder que ainda tem para atrapalhar os planos do vice-presidente. Na edição do Diário Oficial de quinta-feira, por exemplo, foi oficializada a demissão do presidente da Fundação Nacional de Saúde, Antonio Henrique Pires, ligado ao grupo de Temer.
A troca deixa claro que o Executivo resolveu abrir mão de negociar com os partidos para atender diretamente às demandas dos parlamentares, provocando uma série de divisões nas bancadas. O foco do governo é o universo de 172 votos, número mínimo necessário para impedir o impeachment na Câmara dos Deputados. (Folhapress)