Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2015
Em conversa na manhã desta segunda-feira (21), o vice-presidente Michel Temer disse à presidenta Dilma Rousseff que vai deixá-la “à vontade” para definir os nomes de peemedebistas de sua nova equipe. Durante o encontro, Temer afirmou a ela que o PMDB entende que, neste momento, o mais importante é cortar ministérios e sinalizar que o governo está fazendo a sua parte para o reequilíbrio das contas públicas.
Pelo desenho fechado no domingo, o PMDB pode perder três dos seis ministros da atual composição da Esplanada. A pasta de Portos será fundida com a Aviação Civil, Pesca com a Agricultura, e Turismo será incorporado por Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Dilma disse a Temer que deseja anunciar sua reforma administrativa e ministerial ainda nesta semana, mas a data exata dependerá de negociações que ela começará a fazer com a base aliada para fechar os nomes de sua Esplanada reconfigurada, com o corte de pelo menos dez das atuais 39 pastas.
Assessores presidenciais chegaram a aconselhar a presidenta a deixar para a próxima semana o anúncio das mudanças a fim de evitar atritos com a base em uma semana em que o Congresso Nacional agendou a votação de vetos, como o do reajuste de servidores do Judiciário. Ela ainda não deu resposta, vai trabalhar para concluir ainda nesta semana as mudanças, mas não descartou deixá-las para a próxima semana se as negociações não evoluírem a contento.
A chefe do Executivo informou seu vice que chamará, dentro dessas negociações, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE); o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); e o líder peemedebista na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), para conversas nos próximos dias. A intenção da mandatária é que as bancadas do Senado e da Câmara estejam representadas no novo desenho ministerial para remontar o apoio da base ao seu governo.