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Mundo Vida de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tem esconderijos, medo e viagens proibidas

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(Foto: Reprodução)

Um panorama de medo e esconderijos paira sobre a vida dos imigrantes ilegais dos Estados Unidos, que temem se movimentar sem identificação e carecem de liberdade para viajar, seja para a graduação do filho ou para se despedir de um parente falecido. E foi nestas condições que milhões de imigrantes ilegais viram a Suprema Corte manter bloqueadas as medidas migratórias do presidente americano, Barack Obama.

Os oito juízes que compõem o tribunal empataram na hora da decisão e eliminaram qualquer possibilidade de a Casa Branca conter a deportação dos quase 5 milhões de imigrantes que teriam se beneficiado das medidas, especialmente jovens e pais de filhos com residência permanente ou com a cidadania americana.

“Foi algo muito doloroso, mas também nos dá força para seguir lutando. Isto não acaba aqui. É só uma pedra no caminho”, contou a mexicana Patricia Serrano, que chegou aos EUA há 23 anos e tem um filho americano que se graduou, em junho, em uma universidade de Massachusetts. Patricia não pôde viajar até o Estado para ver seu filho de 21 anos colar grau.

O medo da polícia aterrorizou Patricia, que tem que se esconder em sua própria cidade, que tem o sugestivo nome de Escondido (no Estado da Califórnia), uma das mais hostis aos imigrantes e onde a Prefeitura e o Escritório de Imigração e Alfândegas tiveram até 2006 uma incomum parceria que favoreceu as deportações.

Entre as controversas medidas adotadas por Escondido que foram denunciadas por organizações, como a União Americana de Liberdades Civis, destaca-se a instalação de postos de controle nas estradas para interceptar motoristas sem licença, normalmente imigrantes ilegais.

“A sensação de viver em Escondido é de viver sempre com medo”, conta Patricia, que agora pode dirigir porque, em 2015, a Califórnia aprovou licenças para os imigrantes ilegais.

O medo é sentido também por María Abade, que há 25 anos saiu do México e chegou caminhando até San Ysidro, uma cidade da Califórnia ao norte da fronteira mexicana. Ela vive na Flórida e não tem possibilidade de voltar ao país de origem pois seria delatada como indocumentada e teria que esperar de três a dez anos para voltar aos EUA.

O pai dela morreu há um mês. Há 18 anos ela não o via, e também não pôde viajar ao México para se despedir. “As medidas de Obama davam esperança, agora nem isso. Não nos resta outra coisa que não seja esperar”, disse ela, que é mãe de quatro filhos e tem a esperança de obter a residência em outubro de 2017, quando um de seus filhos completar 21 anos.

Pouco depois das eleições que venceu pela primeira vez para a presidência, em 2008, Obama se comprometeu pela primeira vez a mudar o sistema migratório e, em 2010, apoiou o “Dream Act”, uma proposta de lei destinada a regularizar a situação de jovens imigrantes ilegais que travou no Senado, onde os democratas então tinham maioria.

Como o “Dream Act” fracassou, Obama proclamou em 2012 o programa de Ação Diferida, do qual se beneficiaram 700 mil jovens imigrantes ilegais que chegaram aos EUA quando ainda eram crianças.

Um ano depois, o Senado aprovou uma proposta de lei bipartidária para uma reforma migratória, mas a Câmara dos Representantes não chegou a um acordo e, em 2014, Obama proclamou ações executivas que depois foram bloqueadas pela via judicial por uma coalizão de 26 Estados.

Recentemente, a Suprema Corte enterrou essas medidas e deixou nas mãos do próximo presidente as mudanças em política migratória.

Os imigrantes em situação irregular não recebem um “alívio migratório” desde 1986, quando o presidente Ronald Reagan regularizou 3 milhões de imigrantes ilegais.

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