Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Cláudio Humberto | 24 de abril de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Imagens divulgadas no Peru mostram a ex-primeira-dama Nadine Heredia em um clube de Lima, às vésperas de receber a proteção do seu amigo Lula (PT), sem qualquer indício de “grave lesão” na coluna. A mentira foi usada para justificar um certo “asilo humanitário”. No vídeo do programa Panorama, da Panamericana Televisión, Nadine veste short, movimenta-se normalmente e até se abaixa e se mantém curvada, sem o menor sinal de problema na coluna. E com a tranquilidade de quem já tinha a certeza de que não cumpriria um único dia da prisão iminente.
Peruanos revoltados
Há forte indignação no Peru com o asilo e impunidade que Lula garantiu à acusada inclusive de “operar” o esquema de corrupção do marido
Quem manda é ela
Nadine recebia em mãos malotes de dólares, como apurou Malu Gaspar, autora do livro “A Organização”, sobre a teia de corrupção da Odebrecht.
Tudo combinado
Enquanto o marido ouvia o veredito na Corte Superior Nacional, a astuta Nadine ia à embaixada do Brasil “pedir” o asilo que já estava combinado.
Bico calado
A oposição vê no resgate de Nadine a neutralização de uma testemunha devastadora do papel de Lula no esquema que rendeu sua condenação.
Recusa de ministério tem recado a Alcolumbre
A recusa do deputado Pedro Lucas (União-AM) de assumir o Ministério das Comunicações pegou não só Lula de surpresa, mas também Davi Alcolumbre (União-AP), que se coloca como dono do feudo. Na fatia do União na Câmara, o constrangimento imposto a Lula foi uma dobradinha entre bolsonaristas e entusiastas da candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República, as duas correntes querendo dar um chega pra lá no presidente do Senado, acusado de monopolizar favores oficiais.
Tudo meu
Alcolumbre travou sabatinas para o comando de agências reguladoras, onde tenta garfar um naco para ele. São quase 20 cargos à espera.
Bancada esquecida
O nome de Pedro Lucas não contemplou os deputados. Ele é ligado ao presidente do partido, Antonio Rueda, e teve o “OK” de Alcolumbre.
Se cacifando
Deputados também acham que Alcolumbre tenta se vender ao Planalto como a solução para barrar o avanço do projeto da anistia.
Coisa de milhões
O sindicato que tem o irmão de Lula Frei Chico entre os dirigentes e foi alvo dos federais ontem (23) garfou R$77,1 milhões em contribuições. A PF suspeita de gatunagem envolvendo pelegos e membros do INSS.
Adeus, jeton
Além do emprego, com salário de fazer inveja, Alessandro Stefanutto, demitido da presidência do INSS após operação da Polícia Federal, perdeu também um obeso jeton como conselheiro da Dataprev.
Conquista do chanceler
O vergonhoso asilo à corrupta ex-primeira-dama do Peru rendeu a Mauro Vieira algo que não se via há 15 anos: a convocação, para depor, de um chanceler pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Novo no Novo
Cresceu a bancada do Novo na Câmara dos Deputados, agora com cinco parlamentares. Nesta quarta-feira (23), Luiz Lima (RJ) acertou a filiação ao partido. O deputado estava no PL.
Zero ‘base’
São 40 os deputados federais do União Brasil que assinaram o pedido de urgência do projeto de anistia. São apenas 19 os parlamentares do partido que seguem a orientação do governo Lula (PT) de não assinar.
Definição é solução
Ao podcast Diário do Poder, o presidente do PSDB-DF, Sandro Avelar, que é secretário de Segurança do DF, avaliou que, definida a fusão entre tucanos e Podemos o quadro de filiados a seu partido deve aumentar.
Spin doctor
Luis Barroso citou como “positivas” para Economist duas pesquisas de 2024 do Datafolha em que só 21% em dezembro e 24% em março diziam “confiar muito” no STF, e 38% e 39% diziam “não confiar”.
É um presente
Se vai andar, é outra história… mas deputados estaduais conseguiram protocolar proposta para mudar a Constituição de São Paulo e proibir “punir” juízes e todos os servidores do Estado com aposentadoria.
Pensando bem…
…em órgão político existe governo, mas também tem oposição.
PODER SEM PUDOR
No mensalão, tudo era graça
Em 2003, enquanto o governo Lula distribuía secretamente malas de dinheiro do mensalão, os deputados petistas sorriam à-toa, como em uma famosa reunião do colégio de vice-líderes do PT na Câmara. Foram tomadas duas decisões da maior relevância. Primeiro, combinaram que o então líder Nelson Pelegrino (BA) serviria um baianíssimo caruru à bancada. Também foi deliberado articular um time de futebol de deputados do PT para enfrentar o “selecionado” de Lula. E Pelegrino avisou: “É para perder, hein? Se a gente ganha, o pessoal vai dizer que a bancada do PT impôs uma derrota ao governo e isso não pode de jeito nenhum!” Pouco tempo depois, o deputado Roberto Jefferson revelaria à Folha que o PT, em nome do governo Lula, distribuía R$30 mil a vários deputados para que aprovassem projetos de interesse do Palácio do Planalto. Com bolso forrado, essa turma sorria pelos cotovelos.
(@diariodopoder)
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