Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de junho de 2018
No dia 27 de julho os brasileiros terão o privilégio de observar o eclipse lunar total mais longo do século — o fenômeno será visível da América do Sul, Europa, África, Ásia e Austrália. Eclipses lunares acontecem quando a Lua é ocultada parcial ou totalmente pela sombra da Terra, sendo este um fenômeno visível a olho nu, a depender da região do globo onde você se encontra. Eles ocorrem quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham, com a Terra ficando entre a estrela e o satélite natural.
O eclipse terá duração total de 105 minutos e, no mapa abaixo, podemos ver exatamente quais regiões poderão acompanhar o acontecimento histórico. Aqui do Brasil, o eclipse será visível no “nascer” da Lua, a partir das 16h30, no horário de Brasília.
Ainda, durante o eclipse, a Lua parecerá estar avermelhada no céu, pois a luz do Sol ainda é refratada e curvada ao redor da atmosfera da Terra. Sem dúvidas, será um momento digno de admiração, daqueles de lembrar para a vida toda.
Quer dizer, isso se a visibilidade do céu estiver boa, é claro. Se o céu estiver feio e nublado, impedindo que as pessoas assistam a este fenômeno histórico, certamente será possível observá-lo via streamings pela internet. Um serviço que já anunciou sua cobertura é o site Virtual Telescope, bastando acessar o site de sua webTV no dia e horário em que o eclipse começar.
Asteroide em forma de diamante
Após uma longa jornada de cerca de quatro anos, a sonda espacial Hayabusa 2 chegou recentemente ao seu destino: um asteroide de dimensões curiosas, semelhante a um diamante, que já foi batizado de “Ryugu”. O objetivo agora é coletar amostras do imenso pedregulho, trazendo-os posteriormente para a Terra, a fim de que sejam analisados pelo Instituto de Ciência Astronáutica e Espacial do Japão (ISAS, na sigla em inglês).
Conforme revelou o responsável pela missão, Dr. Makoto Yoshikawa, o estudo deve se iniciar por uma análise superficial. “Inicialmente, nós vamos estudar cuidadosamente as características da superfície”, disse Yoshikawa ao referido site. “Em seguida, nós vamos fazer um touch down – o que significa coletar materiais da superfície.”
Posteriormente, a equipe do ISAS pretende utilizar explosivos para disparar um projétil para o interior de Ryugu. A ideia é conseguir amostras de solo mais próximas do centro do corpo espacial. O “impactor”, como é chamado, consiste em uma sonda de cobre que deve produzir uma cratera no asteroide. “Então a nossa espaçonave tentará alcançar a cratera, a fim de recolher os materiais de subsuperfície”, explicou o cientista. “Mas esse será um desafio realmente grande.” Essa próxima fase deve ocorrer em meados de 2019.
De maneira geral, os asteroides atraem o interesse científico por permitirem vislumbres sobre a formação e a evolução do cosmos. Afinal, trata-se de rescaldos que remontam às origens do nosso Sistema Solar, formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Pode haver ali, por exemplo, indícios sobre o surgimento da vida na Terra – além de metais preciosos, de forma que o interesse também seja econômico.
Mas há algo de diferente em Ryugu. Basicamente, o formato do asteroide não condiz com o movimento observado pela equipe do ISAS. Conforme explicou o Dr. Yoshikawa, asteroides com semelhante formato angulado normalmente apresentam um período de revolução (rotação em torno do próprio eixo) mais curto – alto em torno de três ou quatro horas. No caso do Ryugu, entretanto, são 7,5 horas.