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Mundo Viúva do presidente assassinado volta ao Haiti após ter alta de hospital em Miami

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Viúva de presidente assassinado volta ao Haiti após ter alta de hospital em Miami
Baleada durante ataque na residência oficial em Porto Príncipe, Martine Moïse ficou dez dias internadas na Flórida

A viúva do presidente haitiano Jovenel Moïse, Martine Moïse, retornou ao Haiti neste sábado (17), dez dias após o assassinato do seu marido. A primeira-dama, que também foi baleada durante o ataque na residência oficial, havia sido transferida para receber tratamento em um hospital da Miami, nos Estados Unidos.

Com o braço direito em uma tipoia e vestindo um colete à prova de balas, foi recebida no aeroporto de Porto Príncipe pelo primeiro-ministro interino, Claude Joseph, que assumiu o comando de fato do país após o crime do último dia 7. A informação foi dada pelo secretário de Estado para as Comunicações, Frantz Exantus, em seu Twitter.

“A primeira-dama acaba de chegar ao Haiti como parte dos preparativos para o velório nacional do presidente Jovenel Moïse”, afirmou o porta-voz, referindo-se à cerimônia marcada para o próximo dia 23, na cidade histórica de Cap-Haitien, no norte do país.

Segundo informações divulgadas pelo canal de televisão Local 10, de Miami, Martine Moïse foi baleada na coxa e nos braços, e teria também sofrido ferimentos graves no abdômem e na mão. Na quarta-feira, ela havia divulgado em suas redes sociais fotos suas se recuperando no hospital nos EUA, agradecendo aos “anjos da guarda que me ajudaram neste momento terrível”.

“Não acredito que o meu marido morreu diante dos meus olhos sem dizer uma última palavra”, afirmou. “Essa dor não passará nunca.”

Detalhes confusos

Dez dias depois, contudo, os detalhes sobre o crime continuam confusos. Na quinta-feira, a polícia haitiana anunciou a prisão de Dimitri Hérard, chefe de segurança do Palácio Presidencial do Haiti, que realizou ao menos quatro viagens para o Equador neste ano, passando pela Colômbia. Vários agentes da guarda foram interrogados e alguns também estão presos.

Até o momento, mais de 20 pessoas foram presas por relação com o crime, em sua grande maioria ex-militares colombianos, mas não está claro quem os contratou. Durante a semana, circulavam teorias de que apenas alguns deles estariam de fato envolvidos com o crime, mas o presidente do país, Iván Duque, deu a entender que as informações indicam o contrário.

Segundo Duque, alguns deles saberiam exatamente qual seria o objetivo do crime. A declaração do presidente coincide com uma reportagem investigativa do canal colombiano Caracol, afirmando que apenas sete dos 19 ex-militares sabiam qual era a missão verdadeira — os outros acreditavam que o objetivo era apenas reforçar a segurança oficial.

De acordo com a reportagem, Joseph, o atual primeiro-ministro interno, estaria sendo investigado como um dos mandantes do crime, algo negado pela polícia do Haiti. De acordo com as autoridades locais, ele até o momento não foi envolvido pelos depoimentos.

Buscas continuam

O premier aproveitou-se do vácuo de poder e é hoje o líder de fato do país. Um substituto para o posto, o médico Ariel Henry, fora nomeado por Moïse um dia antes do magnicídio, mas não houve tempo para que fosse empossado. Henry seria o sétimo primeiro-ministro em quatro anos.

Segundo o chefe de polícia da Colômbia, Jorge Vargas, um ex-funcionário do Ministério da Justiça do Haiti, Joseph Félix Badio, teria dado a dois dos mercenários colombianos a ordem de matar o presidente. Não está claro, contudo, se ele teria recebido o direcionamento de uma terceira pessoa ou como conhecia os ex-militares.

Ex-funcionário da unidade anticorrupção do Ministério da Justiça, Badio é uma das várias pessoas buscadas pela polícia haitiana, assim como o ex-senador de oposição Joel John Joseph. De acordo com as autoridades, ambos os homens estão “armados e são perigosos”.

John Joseph é suspeito de ser um dos mandantes do crime, ao lado do haitiano-americano Christian Emmanuel Sanon, preso na semana passada. Sanon foi apresentado como autor intelectual do crime, motivado por “objetivos políticos”.

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