Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2016
Quanto mais e melhores laços sociais as pessoas desenvolvem, melhor é a sua saúde em diferentes fases da vida, de acordo com um novo estudo da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, nos EUA.
Essa é a primeira pesquisa a vincular de forma direta as relações sociais com condições físicas a exemplo de obesidade abdominal, inflamações diversas e pressão sanguínea elevada. Todos esses fatores podem levar a problemas de saúde a longo prazo, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e até mesmo câncer.
“É importante encorajar adolescentes e jovens adultos a construir e ampliar seus relacionamentos sociais para interagir com outras pessoas. Isto tem o mesmo valor de uma alimentação saudável ou de ser fisicamente ativo”, ressalta Kathleen Mullan Harris, professora de Chapel Hill e uma das autoras da pesquisa.
O trabalho, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, baseia-se em pesquisas anteriores que mostram como a longevidade das pessoas estudadas parece proporcional à quantidade de suas relações pessoais. Agora, a equipe de Kathleen mostra como essas mesmas conexões reduzem os riscos de problemas de saúde nos diferentes estágios da vida.
O isolamento na adolescência, por exemplo, aumenta o risco de inflamações na mesma intensidade que a inatividade física, enquanto a integração social protege contra males como a obesidade abdominal. Na velhice, diz o estudo, a ausência de relações é mais prejudicial no controle da hipertensão do que a diabetes.
Já na meia idade, a pesquisa deixa claro que o que importa não é tanto o número de conexões sociais de um indivíduo, mas, sim, o que essas relações fornecem em termos de apoio ou contra a tensão social.
“A relação entre a saúde e o grau em que as pessoas são integradas em grandes redes é mais forte no início e no fim da vida, e não tão importante na meia idade, quando a qualidade dos relacionamentos é mais importante do que a quantidade”, diz Kathleen.
Coautora do levantamento, a professora Yang Claire Yang defende que os médicos fiquem mais atentos à importância das relações sociais de seus pacientes. “Os profissionais de saúde devem redobrar seus esforços para ajudar o público a entender como os laços sociais são importantes em nossas vidas”, ressalta. (AG)