Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Como se não bastasse a existência da assistida TV Brasil, do incrivelmente apoiado Voz do Brasil (em meio ao maior pico de audiência da rádio) e de todo o resto da EBC, que tem custo fixo altíssimo e é bancada pelo povo, temos alguns políticos querendo aumentar ainda mais a influência do governo na mídia. Instaurado em 2014, o Projeto de Lei 7.354/14, da deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), visa criar um fundo para financiar mídias independentes. O que não surpreende muito é que esse projeto foi aprovado em dezembro do ano passado pela relatora Maria do Rosário (PT-RS) e agora está aguardando análise das comissões de Ciência e Tecnologia, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça.
O grande “golpe” desse projeto são os critérios que utiliza para qualificação de um canal como “mídia independente”. De forma muito ampla, o texto entende como aptos a receber o fundo emissoras de rádio e TV comunitárias, rádios e TVs com viés educativo, produtoras brasileiras independentes e qualquer veículo de e-comunicação de pequeno porte, como websites. Com a aprovação desse fundo, fica muito fácil para o governo voltar a destinar recursos para a disseminação de informações ideologizadas, como fazia descaradamente nos governos anteriores com websites e revistas que hoje se encontram em quase situação de falência financeira sem a ajuda do governo.
Em outras palavras, estaremos dando o nosso suado dinheiro para o governo eleger, de acordo com seus critérios, qual canal melhor promove a informação e ideias da forma mais “correta e isenta” segundo seus critérios. Obviamente, o fundo acabará destinando incentivos a uma mídia que será controlada e censurada pelo governo; que receberá fundos para contratação somente de interessados, gerando um novo cabide de empregos; e que contribuirá com a disseminação de conteúdo ideologizado, algo tão combatido atualmente pela população.
Por que temos de financiar meios de comunicação que são escolhidos por um comitê ideológico? Ao meu ver, não faz sentido algum. O dinheiro que produzimos com suor e dedicação parece cada vez valer menos e não ser nosso. Já é comum ouvirmos falar sobre novos projetos de lei que, como esse, visam o aumento do Estado! Quando isso vai parar? Quando o povo brasileiro vai entender que isso só atrasa o nosso país? Cada vez mais confiscam nosso dinheiro em jogadas rasteiras de aumento de poder para uma classe privilegiada. Por favor, parem de destruir nosso querido país, a população e as próximas gerações agradecem.
Rodrigo Leke Paim
Publicitário e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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