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Viagem e Turismo Voos noturnos são os que mais atrasam

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Piores meses para encarar os aeroportos são junho, julho e dezembro. (Crédito: Reprodução)

Se o desejo é viajar de avião nestas férias, é melhor planejar o dia, mês e hora. Um levantamento feito a partir dos microdados de mais de 2,8 milhões de voos nacionais realizados no Brasil entre 2011 e o início deste ano mostra que os atrasos nas decolagens acontecem com mais frequência às sextas-feiras e no período da noite (entre 18h e meia-noite). Os piores meses para encarar os aeroportos são junho, julho e dezembro, quando as taxas de atrasos variam entre 25% e 27%. Pelo levantamento, 72,5% dos voos partem no horário previsto ou são antecipados, enquanto 20% registram algum atraso.
O critério adotado difere do usado pela Anac (Agência Nacional de Aviação). Para a agência, só são considerados atrasados os voos que chegam mais de 30 minutos depois do horário previsto, considerando as etapas de decolagem e aterrissagem.

Ao considerar todas as diferenças entre o horário previsto e o realizado da partida, a pesquisa identificou ainda as rotas e os aeroportos com as maiores taxas de atraso. A rota Rio de Janeiro-São Paulo (Santos Dumont/Congonhas) tem a maior taxa de voos atrasados (44%). As principais companhias apresentaram percentuais próximos de pontualidade e atrasos. TAM, GOL e Azul, que informaram taxas mais altas de pontualidade, considerando o critério da Anac, disseram que trabalham para melhorar seus percentuais.
Mais turismo, menos trabalho.

O perfil dos passageiros tem mudado no País. Conforme a percepção das companhias aéreas, com o agravamento da crise econômica, houve uma queda acentuada no número de viagens a trabalho. Segundo dados da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a proporção entre passageiros que viajam a negócios e os demais, que era de 60% e 40%, inverteu-se nos últimos três meses.

As empresas têm direcionado suas ações de marketing para atrair mais usuários que viajam a lazer, turismo ou em visita a parentes, com a ampliação das tarifas promocionais. O resultado de campanhas são aviões lotados, com ocupação acima de 80%, mas a um custo alto para o setor.

“A procura está mais fraca, e a oferta bastante abrangente. Eu diria que as promoções são uma questão de sobrevivência”, disse Mário Carvalho, diretor-geral da TAP no Brasil.

As empresas relatam que os executivos de empreiteiras sumiram. Muitas construtoras estão quase paralisadas pela Operação Lava-Jato e, além disso, não há grandes obras de infraestrutura em franca expansão, diz uma fonte. Poucos setores mantêm a demanda de passageiros de negócios.

Para as companhias, a mudança é ruim porque o passageiro de negócios viaja em cima da hora e paga preços mais elevados pelo bilhete. Segundo estimativas da Abear, o valor médio pago por passageiro a cada quilômetro voado, indicador de rentabilidade do setor, está 20% mais baixo em relação ao ano passado, já considerando a inflação. Com as promoções, o universo de passageiros transportados cresceu 3,77% em maio, em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, a avaliação é que a onda de promoções não é sustentável por um longo período.

“A promoção é um esforço mercadológico, de curto prazo. Não existe promoção permanente”, destacou o consultor da Abear, Maurício Emboada.

Segundo ele, se a atividade se mantiver desaquecida por um período mais prolongado, as empresas devem reduzir a oferta, o que pode afetar os preços. Mas, destacou, essa não é uma medida simples, porque significa abrir mão de parte do mercado. Em alguns aeroportos, como Congonhas, cancelar voos pode levar à perda do slot (autorização para pousos e decolagens).

O diretor de uma grande companhia disse que as empresas vão amargar mais um resultado negativo neste ano. A expectativa é que a situação só comece a mudar no fim de 2016: “Estamos atravessando uma tempestade. Não vamos sair dela tão cedo. O objetivo agora é reduzir os danos”. (AG)

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https://www.osul.com.br/voos-noturnos-sao-os-que-mais-atrasam/ Voos noturnos são os que mais atrasam 2015-07-22
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