Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2019
O projeto piloto começou no Rio de Janeiro em 2013 como preparação da cidade para os Jogos Olímpicos. Hoje, o programa de compartilhamento de informações do Waze com autoridades locais já funciona em quase 200 cidades na América Latina, sendo 70 no Brasil,incluindo dez grandes capitais. Nesta semana, a companhia anunciou novidades para facilitar essas parcerias.
A partir de agora, as cidades que participam do Waze For Cities Data poderão armazenar os dados coletados gratuitamente no Google Cloud e acessar as ferramentas de análise e visualização de dados BigQuery e Data Studio.
“Estamos totalmente comprometidos em trabalhar com as cidades para melhorar a infraestrutura existente e amenizar pontos problemáticos de mobilidade”, afirmou Erin Clift, Diretora Global de Marketing e Parcerias do Waze. “Então estamos felizes por anunciar a integração com o Google Cloud, que permite aos parceiros armazenar dados históricos gratuitamente, e a entender melhor como seus esforços estão fazendo a diferença.”
A executiva destacou a colaboração dos mais de 115 milhões de motoristas que relatam mais de 60 milhões de incidentes de trânsito por mês. Essas informações são anonimizadas e compartilhadas com órgãos responsáveis pela engenharia de tráfego e planejamento urbano, para a tomada de decisões.
Com essas ferramentas é possível saber, de forma simples, que as três vias mais congestionadas de São Paulo no mês passado foram a Presidente Castelo Branco, a avenida Inocêncio Seráfico e a avenida Sapopemba, com um total de 22,8 km de engarrafamentos. No Rio de Janeiro, as duas vias que mais sofrem com inundações são a Avenida Brasil e a Avenida das Américas.
“As cidades precisam de capacidade de análise para transformar dados em ações. Essas ferramentas simplificam a forma como as cidades armazenam e analisam seus dados”, afirmou Erin. “As cidades poderão extrair insights com mais facilidade. A mobilidade é um dos maiores desafios do nosso tempo, e toda pequena colaboração ajuda a transformar as ruas de amanhã.”
O Brasil é um dos países que mais usam o Waze, sendo o estado de São Paulo o líder mundial em número de motoristas na plataforma, com 4,5 milhões de usuários ativos, um terço deles na capital. O Rio de Janeiro, modelo para a criação do projeto, tinha apenas 900 radares para monitorar as vias da cidade, e, na época, tinha mais de 500 mil motoristas ativos no Waze.
“Esse projeto foi executado rapidamente, em apenas quatro meses, e facilitará o acesso das organizações públicas a indicadores mais robustos e ao cruzamento de dados usando ferramentas de Inteligência Artificial e Machine Learning”, explicou Haroldo Gali, gerente de contas do Google Cloud.