Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2015
Troca de mensagens de Whatsapp de executivos da cúpula da Andrade Gutierrez, a segunda maior empreiteira do País e que está na mira da Lava-Jato, durante as eleições no ano passado revelou a torcida dos empreiteiros e até a decepção com a derrota do então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.
“Bora Brasil!! Bora Aécio!!!”, disse Ricardo Sá, presidente global da AG Private, divisão da empresa que cuida de clientes do setor privado em todo o mundo, quando a apuração dos votos no segundo turno mostrava o tucano à frente. As informações constam do iPhone de Elton Negrão de Azevedo Júnior, que deixou a empresa após ser preso na 14 fase da operação e ser denunciado por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Em seu aparelho foi localizado um grupo de conversas no aplicativo intitulado “presidentes AG”.
Mensagens
Deste grupo participavam presidentes de várias divisões do Grupo Andrade Gutierrez como: Flávio David Barra, ex-presidente da AG Energia preso na Lava-Jato; Clorivaldo Bisinoto, presidente da AG Engenharia; Ricardo Sena, presidente de Engenharia e Construção da AG Engenharia; Anuar Caram, presidente da AG Público Brasil, que trata dos negócios com o setor público; Ricardo Sá, presidente da AG Private; José Nicomedes, presidente da AG AEA (África, Europa e Ásia) e João Martins, presidente global da AG Negócios Estruturados. Do grupo, apenas Elton Negrão e Flavio Barra são investigados pela Lava-Jato.
Em meio a notícias, piadas, correntes e petições online contra a presidenta e até boatos e informações falsas compartilhadas entre eles, o grupo de executivos não poupava Dilma nem seu partido de críticas. Às vésperas do segundo turno, os ânimos dos interlocutores ficaram mais exaltados. No dia 25 de outubro, o sábado antes da votação, eles comentaram o último debate entre os então candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves transmitido pela TV Globo.
Defesa
A empreiteira informou que não comentaria o teor do material. (AE)