Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2025
A atriz sofreu racismo durante participação na novela "Corpo a Corpo", de 1984
Foto: Divulgação/TV GloboZezé Motta utilizou as redes sociais para manifestar alegria pela representatividade que pode ser vista atualmente na TV. “É uma vitória ligarmos a televisão e encontrarmos diversidade. Na minha época, personagens negros não tinham pai, mãe, filho, não tinham uma família, não tinham núcleo. Ficávamos soltas na história, não fazíamos realmente parte da trama, éramos um rito de passagem”, afirmou.
A primeira novela da atriz foi “Beto Rockfeller”, em 1968. De lá pra cá, conciliou a carreira de cantora e de atriz, somando trabalhos na TV, teatro e cinema. Quando atuou em “Corpo a Corpo”, em 1984, Zezé percebeu o racismo ao receber ataques do público, que não aceitou o par romântico que formou com o galã Marcos Paulo na novela de Gilberto Braga.
Mais de 40 anos depois, a atriz celebra que as atuais novelas da Globo sejam protagonizadas por atrizes negras. “Sinto que estamos em evolução e isso me traz alivio. Sensação de avanço. Lá atrás, fiz o meu papel e denunciei muito a ausência do negro no audiovisual. Que bom que estou viva pra assistir isso. Ainda temos muita luta pela frente, porém estamos melhores”, afirmou.