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Brasil A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 6,5% ao ano já era esperada pelo mercado

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Para parte dos membros do Copom, ociosidade da economia pode ser menor que a expectativa. (Foto: Reprodução)

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano já era esperada pelo mercado. Porém, o comunicado da autoridade monetária deu a entender também que os juros devem permanecer inalterados até o final do ano. Era a previsibilidade que o mercado financeiro queria.

“O Copom reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”, disse o Copom em nota.

Para economistas, essa foi a dica dada pelo Comitê para indicar que a Selic não deve subir nem cair no curto prazo. “O mercado já tinha no radar uma possível alta dos juros após a eleição. A tendência é moderar essa expectativa”, afirma Mauricio Molan, economita-chefe do Santander. “Se houver piora do cenário da inflação ou do balanço de riscos, o Copom deve começar a retirar o estímulo monetário. Mas qualquer movimento deve ser gradual”, complementa.

Em sua visão, a piora do cenário acontece principalmente sob o ponto de vista fiscal. Essa opinião é compartilhada por Roberto Dumas, professor de Economia do Ibmec, que ressalta o momento político vivido pelo país explica parte da decisão do Copom. “O cenário eleitoral está altamente polarizado, com duas candidaturas que não endereçam qualquer reforma fiscal”, diz Dumas. “O balanço de risco está dado, mas não é bom. O mercado não está pedindo que o próximo ocupante do Planalto traga um superávit primário já em 2019, mas que traga um plano confiável. Que de alguma maneira, em 2022, o plano enderece a dívida pública”, explica o professor.

Câmbio

Os componentes externos desse balanço de riscos também preocupam o Comitê. O principal é a guerra comercial estabelecida entre os Estados Unidos e a China, que taxam constantemente a importação de produtos e serviços importantes para suas economias. Essa briga internacional vem afetando o câmbio de economias emergentes, como a do Brasil. Além da incerteza eleitoral e do baixo crescimento econômico, este é um dos fatores que pesaram na decisão do Copom. O dólar fechou a 4,12 reais nesta quarta-feira (19).

“Por um lado, o nível de ociosidade elevado pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado [para a inflação]. Por outro lado, uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes. O Comitê julga que esses últimos riscos se elevaram”, afirma em nota.

“O Comitê falou que piorou um pouco o cenário externo. Isso era esperado, por causa do embate mais acirrado entre EUA e China”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings. “O Copom não muda ainda a orientação da política monetária porque daqui a 45 dias teremos um cenário mais definido. Mesmo que os candidatos que estão à frente nas pesquisas não sejam alinhados com o mercado, às vésperas do segundo turno teremos um cenário menos incerto”, afirma.

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