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Brasil A defesa do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pede cópia do material apreendido pela Polícia Federal

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Antes da explosão do grampo de Joesley Batista, Janot teve pelo menos duas conversas com Temer. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A defesa do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma cópia do material apreendido pela PF (Polícia Federal) no seu escritório e na sua casa na última sexta-feira (27).

Na ocasião, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, foram apreendidos um celular, um tablet, um computador e um HD externo, além de uma arma. A petição pede o espelhamento de dados dos dispositivos apreendidos. A defesa de Janot é feita pelo advogado criminalista Bruno Salles Ribeiro.

Busca e apreensão

Na decisão, Alexandre de Moraes também proibiu Janot de se aproximar a menos de 200 metros de qualquer um dos ministros do tribunal. O ex-procurador está impedido de entrar no Supremo e teve o seu porte de armas suspenso.

Segundo o ministro, as medidas cautelares foram tomadas “para evitar a prática de novas infrações penais e preservar a integridade física e psicológica dos ministros, advogados, serventuários da Justiça e do público em geral que diariamente frequentam esta Corte”.

A decisão de Alexandre se baseou em um pedido do ministro Gilmar Mendes, após o ex-procurador dizer que chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros Gilmar.

Livro

O dia em que Janot entrou armado no STF para matar o ministro Gilmar Mendes e depois cometer suicídio é tratado de forma genérica, e sem citar nomes, no seu livro de memórias, “Nada Menos que Tudo”, que será lançado em outubro. “Não queria dar dramaticidade a esse fato no livro”, afirmou Janot em entrevista.

Apesar de evitar a dramaticidade no livro, o caso repercutiu na semana passada após o ex-procurador contar em detalhes o ocorrido a jornalistas ao falar sobre o lançamento da publicação. No livro, narrado em primeira pessoa, Janot conta os bastidores dos quatro anos em que chefiou o Ministério Público Federal, o que inclui uma série de fatos da Operação Lava-Jato, além do oferecimento de duas denúncias contra o então presidente Michel Temer e o polêmico acordo de delação premiada dos executivos da JBS.

O ex-procurador também dedicou um espaço ao deputado Aécio Neves (PSDB), que enquanto era senador foi alvo de inquéritos conduzidos por Janot. “Aécio foi um dos que mais se empenharam para não ser investigado”, disse Janot, que citou encontros em que o tucano chorou, apelou para a família e até ofereceu cargos públicos para escapar das investigações.

Janot também não poupou críticas a sua sucessora, Raquel Dodge, por considerar que ela freou a Lava-Jato. “A diminuição de ritmo das investigações é visível”, afirmou. Janot classificou seu livro de memórias como um registro histórico: “A ideia do livro é isso. É fazer um registro histórico porque não estarei mais aqui quando este julgamento vier. É a minha voz. Meu testemunho está aí. Me julguem”.

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