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Por Redação O Sul | 23 de fevereiro de 2016
O MPF (Ministério Público Federal) e a PF (Polícia Federal) encontraram transferências de 7,5 milhões de dólares (30 milhões de reais) de investigados da Operação Lava-Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro João Santana e pela sua mulher Mônica Moura. A offshore, baseada no Panamá, não foi declarada às autoridades brasileiras.
Deste montante, 3 milhões de dólares foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que são atribuídas pelos investigadores à Odebrecht, de 13 de abril de 2012 a 8 de março de 2013. Para a Procuradoria, pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT.
A Klienfeld e a Innovation Services foram escalas de dinheiro pago por subsidiárias da Odebrecht no exterior a contas secretas dos ex-dirigentes da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró – de acordo com documentos bancários enviados pelas autoridades da Suíça e de Mônaco e extratos entregues por delatores, como Costa, ex-diretor da área internacional, e o ex-gerente Pedro Barusco.
Os investigadores encontraram ainda nove repasses que totalizaram 4,5 milhões de dólares feitos por Zwi Skornicki, apontado como operador do estaleiro Kepel Fels, à Shellbill de Santana e Mônica. (Folhapress)