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Brasil A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil nos Estados Unidos sofrerá grandes resistências no Senado

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Senador foi alvo da Polícia Federal na última quinta-feira. (Foto: Agência Senado)

A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil nos Estados Unidos sofrerá grandes resistências no Senado, responsável por dar o aval para o nome escolhido pelo presidente da República.

Integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que aprova os candidatos a embaixador, ficaram contrariados com a possibilidade e prometem dificultar a nomeação, um processo que costuma ser ameno e sem maiores rusgas.

A tradição estabelece que os pretendentes aos postos de embaixador percorram os gabinetes dos titulares da comissão, entreguem currículos e abordem planos futuros, antes mesmo de cumprirem as exigências legais de sabatinas no colegiado e no plenário da Casa. O fato de receber uma eventual indicação do próprio pai e não ter carreira no Itamaraty – antes de ser deputado, Eduardo passou em um concurso para escrivão da Polícia Federal – são citados por senadores como barreiras.

Vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, o senador Marcos do Val (Cidadania-ES) afirma que o deputado não reúne as condições para o cargo. “Estou muito preocupado e não vou votar favorável. Sou contra. Temos que botar profissionais. Recebo diplomatas toda semana e vejo o nível e tempo de trabalho em vários países. E vai ser dentro desse critério que vou continuar querendo indicação de diplomatas. Não alguém caindo de paraquedas. Para mim, é um adolescente pilotando um Boeing”, criticou o senador.

Para Marcos do Val, a própria defesa que o deputado faz do governo de Donald Trump pode se tornar problemática, já que haverá eleição presidencial nos Estados Unidos no ano que vem. “Acho que o presidente não foi feliz nessa possível decisão. A embaixada em Washington não lida só com os Estados Unidos, lida com o mundo inteiro. Estamos nos aproximando da eleição. Caso ganhe o Partido Democrata, como vai ser essa relação? Embaixador tem que ser apartidário e não pode ser filho do presidente. Ele estará representando só uma parte, mas tem que representar toda a sociedade brasileira”, acrescentou o senador.

Também integrante do colegiado, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) classificou o momento em que a indicação foi levantada pelo presidente Jair Bolsonaro de “inoportuno”, por gerar uma nova crise em meio à votação da reforma da Previdência. Segundo ela, a hipótese também contraria o discurso da “nova política” defendido por Bolsonaro desde a campanha eleitoral.

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