Mundo A polícia britânica prendeu um jovem de 18 anos, suspeito de envolvimento no atentado de sexta-feira no metrô de Londres
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2017
A polícia do Reino Unido prendeu nesse sábado um jovem de 18 anos na zona portuária de Dover (Inglaterra), como parte das investigações sobre o atentado em uma estação de metrô da cidade. Ele é mantido sob prisão preventiva em um posto da polícia local, à espera de sua transferência para a capital”, informou a ministra do Interior, Amber Rudd, em mensagem transmitida pela televisão após uma reunião de emergência do governo.
A titular da pasta avaliou que é “muito cedo” para dizer se o suspeito era conhecido das autoridades britânicas, como havia afirmado na véspera o presidente norte-americano Donald Trump (declaração que irritou a primeira-ministra Theresa May).
Horas, depois, a polícia fez uma batida em uma casa de um bairro residencial de Sunbury-on-Thames, a 20 quilômetros de Londres. O local e as casas dos arredores foram evacuados e se estabeleceu um perímetro de aproximadamente mil metros de isolamento. “Nenhuma outra prisão foi efetuada”, ressalvaram os agentes.
Atentado
O ataque – o quinto em seis meses no Reino Unido – foi cometido na sexta-feira, por volta das 8h20min, na estação de Parsons Green, localizada em um bairro nobre no Sudoeste da capital. “Essa é uma investigação que avança muito rápido. Alcançamos progressos consideráveis e continuaremos fazendo o melhor que possamos reduzir as ameaças no país”, declarou a chefe da polícia londrina, Cressida Dick, à rede BBC de comunicação.
Diante do temor de outro ataque “iminente”, na sexta-feira as autoridades britânicas elevaram, pela segunda vez em poucos meses, o alerta terrorista de “grave” para “crítico” (nível máximo). “Embora estejamos satisfeitos com os avanços conseguidos, a investigação segue em frente e o nível de ameaça permanece crítico”, declarou Neil Basu no comunicado.
Cometido com um artefato de fabricação caseira e qualificado de “terrorista” pelas autoridades, o ato foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Reforço policial
Em pronunciamento pela televisão, Theresa May anunciou o envio de militares para locais-chave não acessíveis à população, a fim de permitir um aumento da presença policial nos transportes públicos. No total, cerca de mil agentes foram realocados pelo país, detalhou o comandante de Polícia Mark Rowley, enquanto o mesmo contingente de militares ocuparão posições estratégicas a partir deste sábado.
Dentre os pontos selecionados, estão as centrais nucleares e outras infraestruturas importantes, comunicou o Ministério da Defesa. “Não patrulharão as ruas”, esclareceu um porta-voz. Conforme o mais recente balanço oficial, 30 feridos foram atendidos no hospital mas nenhum em estado grave. Apenas três deles permaneciam internados nesse sábado.
O balanço poderia ter sido muito pior, alertou a premiê, assegurando que o artefato explosivo “foi feito para provocar enormes danos”. Fotos divulgadas no Twitter mostravam um balde branco pouco danificado, pegando fogo em uma sacola plástica, dentro de um vagão de metrô, perto das portas automáticas. Cabos elétricos saíam da sacola.
Os restos da bomba estão sendo examinados por especialistas, segundo a polícia, que não quis comentar as informações da imprensa britânica sobre a suposta falha do detonador da bomba, ou o fato de que ela contivesse pregos e TATP, um explosivo usado com frequência pelos extremistas. A estação de metrô de Parsons Green voltou a abrir suas portas neste sábado.
