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Mundo A vida imita a ficção: inteligência artificial deve prevenir crimes em breve

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Filme Minority Report abordou situação semelhante. (Foto: Reprodução)

Você certamente já deve ter ouvido falar ou até mesmo assistido a série televisiva Person of Interest ou o filme Minority Report – ou até mesmo pode ser lido a obra de nome homônimo escrita por Philip K. Dick que inspirou este último. Afinal, todas estas criações possuem uma temática em comum: a inteligência artificial sendo utilizada em prol da humanidade, mais especificamente para a prevenção de crimes.

O assunto não é exatamente uma novidade, já que é bastante abordada na ficção científica. Da mesma forma, não são poucas as tentativas de pesquisadores de tentarem transformar essa tecnologia em realidade.

Na realidade, os avanços com a inteligência artificial e derivados voltados para a estabilidade pública são notáveis à esta altura do campeonato, uma vez que a tecnologia em questão está em gradativa ascensão, fazendo parte de incontáveis componentes eletrônicos que são comumente utilizados pelas pessoas.

Exemplo disso são as assistentes virtuais capazes de expressar opiniões e preferências, muitas delas integradas a outros dispositivos, como câmeras, modems, sistemas de automação e wearables com reconhecimento facial embutido, e plataformas que oferecem serviços diversos, tais como a Uber, a Google, o Facebook, entre outros – sempre visando segurança e bem-estar dos usuários, e até mesmo entretenimento.

Além disso tudo, alguns testes estão sendo aplicados a sistemas de vigilância por meio de câmeras para impedir que atividades criminosas aconteçam. A ideia é exatamente como funciona na ficção científica, isto é: detectar os atos não quando estão em andamento, mas sim antes que de fato ocorram, de modo a prevenir a violência de modo geral.

Cortica

A companhia israelense Cortica possui raízes profundas em segurança e pesquisa com inteligência artificial. Recentemente, eles formaram uma parceria na Índia com o Best Group para os dados de câmeras de circuito fechado de televisão (CFTV) em áreas públicas. Um dos objetivos desta ação é melhorar a segurança em locais com muitos transeuntes, tais como ruas da cidade, paradas de ônibus e estações de trem.

Em Londres e em Nova Iorque essa prática já foi empregada, e o reconhecimento facial e a equiparação com registros de pessoas físicas fazem parte da vigilância da cidade – tudo isso por intermédio de câmeras de vídeo. Todavia, a inteligência artificial da Cortica promete elevar este conceito a um novo patamar, já que sua tecnológica pretende identificar “anomalias comportamentais” — ou simplificando: sinais de que alguém está prestes a cometer um crime.

O software da companhia israelense é baseado em uma espécie de sistema de triagem de segurança militar e governamental, que tenta identificar terroristas monitorando pessoas em tempo real ao mesmo tempo em que procura por microexpressões nos rostos delas – ou seja, minúsculas contorções ou até mesmo maneirismos que podem revelar as intenções do indivíduo. Esses trejeitos e comportamentos, mesmo os mais simples ou bobos, podem enganar um olho humano, mas é difícil que passe despercebido por uma inteligência artificial.

A ideia é que a tecnologia da Cortica enfrente e supere desafios na identificação de objetos que não se encaixam em estereótipos já conhecidos. De acordo com Karina Odinaev, cofundadora e COO da companhia israelense, será necessário aplicar uma espécie de aprendizado não supervisionado, o que significa que a inteligência artificial poderá aprender da mesma maneira que um humano aprende, de modo que ela possa prosseguir por conta própria em uma situação fora dos padrões.

A proposta prevê que a inteligência artificial desenvolvida pela Cortica será, inicialmente, utilizada na Índia pelo Best Group, uma companhia diversificada envolvida no desenvolvimento de infraestrutura e que também atua como fornecedor para clientes governamentais e de construção. O intuito é analisar os dados gerados por câmeras em locais públicos e melhorar a segurança.

Também é esperado que o software da Cortica alcance ainda mais precisão e praticidade no futuro, monitorando comportamentos e combinando as informações não apenas entre câmeras de vídeos, mas também com drones e satélites.

Embora uma rede onipresente de webcams com um sistema de inteligência artificial integrado seja um passo deveras inovador para a estabilidade pública, do outro lado temos uma preocupação referente à privacidade e à liberdade pessoal dos indivíduos em jogo.

No Brasil, especificamente, não apenas o Marco Civil da Internet teria sua criação em xeque, mas especialmente a Constitucional Federal de 1988 (artigo 5º, X), cuja definição diz que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem do indivíduo, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

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https://www.osul.com.br/a-vida-imita-a-ficcao-inteligencia-artificial-deve-prevenir-crimes-em-breve/ A vida imita a ficção: inteligência artificial deve prevenir crimes em breve 2018-04-18
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