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Armando Burd Abriu o paiol

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Alceu Collares será homenageado no Carnaval de 2019 pela Escola de Samba União da Vila do IAPI. (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Duas bombas deveriam estourar, mas a pólvora pegou umidade.

A primeira envolveu a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal. Tem grande impacto pelo ineditismo, mas não vai prosperar porque Michel Temer está blindado. O artigo 51 da Constituição prevê, como competência privativa da Câmara dos Deputados, “autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.”

Portanto, para aceitação da denúncia serão necessários os votos de 342 dos 513 deputados. O presidente se livrará e o processo será arquivado caso acumule 172 apoios.

A maioria da Câmara ficará ao lado de Temer, que tem amigos até debaixo d’água.

A segunda bomba envolvia suposta delação premiada que Antônio Palocci faria. Foi condenado e não revelará o que sabe. Mantém-se fiel ao exemplo de José Dirceu e aos dogmas do movimento estudantil dos anos 1970, denominado Liberdade e Luta (Libelu), que integrou. Delação? Nem sob tortura. Ligado ao trotskismo, teve participação decisiva na criação do PT.

Nadando em dinheiro

Alguns políticos costumam dizer que “a democracia custa caro”, quando se referem ao financiamento eleitoral. Têm razão se forem levados em conta os caixas 2, 3 e 4. As campanhas são milionárias e ainda sobra dinheiro para engordar contas bancárias pessoais. Agora, partidos fecharam acordo para criação de um fundo a ser distribuído em anos de eleição. Custará ao contribuinte mais absurdos 3 bilhões e 500 milhões de reais.

Na proposta, 175 milhões (5 por cento do fundo) serão distribuídos de forma igual entre todos os partidos que disputarão as eleições, enquanto 3 bilhões e 325 milhões obedecerão a uma divisão que leva em conta as bancadas atuais no Parlamento. Os recursos direcionados ao PMDB serão em torno de 500 milhões; os do PT e PSDB, pouco mais de 350 milhões. Para partidos novos, como a Rede, que tem quatro deputados e um senador, o valor ficará em torno de 25 milhões.

Há 40 anos

A 27 de junho de 1977, o Tribunal Superior Eleitoral refutou recurso impetrado pela Procuradoria Geral da República e permitiu que o MDB utilizasse rede nacional de rádio e TV. No pronunciamento inicial, o presidente Ulysses Guimarães disse que “o Ato Institucional número 5 era forte para cassar mandatos e fraco para combater a inflação”.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alencar Furtado, declarou que a nação estava humilhada com a reforma política imposta pelo governo, em abril do mesmo ano, durante recesso do Congresso.

O líder do MDB no Senado, Franco Montoro, lembrou o exemplo da Espanha, que conseguiu se redemocratizar sem radicalizações.

O deputado federal Alceu Collares, presidente do Instituto Pedroso Horta, encerrou o programa, criticando “o atual modelo econômico brasileiro, que se preocupa demasiadamente com os elevados índices e taxas do Produto Interno Bruto, quando a preocupação principal deveria ser com a institucionalização de uma estrutura de modelo econômico que garantisse para todos os brasileiros um mínimo de consumo. Com um modelo econômico concentrador de rendas e de riquezas, esse objetivo jamais será lançado.”

Em cena

Brasília ressuscita a opereta, gênero musical que conta uma trama inverossímil e desbaratada. É derivada da ópera bufa, mistura tragicômica com atores debochados e cantores desafinados.

 

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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