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Mundo Acordo do Mercosul com a União Europeia corre riscos se a oposição ganhar as eleições presidenciais na Argentina

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O candidato à presidência da Argentina Alberto Fernández afirmou que vai rever o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, caso o pacto represente desindustrialização para o país. (Foto: Reprodução de TV)

O candidato à presidência da Argentina Alberto Fernández afirmou que vai rever o acordo entre o Mercosul e a UE (União Europeia), caso o pacto represente desindustrialização para o país. Fernández, que lidera chapa tendo como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, ainda disse que o acordo foi anunciado precipitadamente para que Mauricio Macri, atual presidente argentino, obtenha vantagens na corrida eleitoral.

“A França está rechaçando [o acordo) e, se a segunda economia da Europa rechaça, em que consiste esse acordo? O que me preocupa é que parece que o acordo condena a Argentina a um processo de desindustrialização muito grande, e a maior obsessão que tenho é que não haja um só argentino sem trabalho”, afirmou. “Eu não conheço em detalhes, mas se o acordo é o que se vislumbra não podemos racionalmente concordar”, disse.

Com o ex-chanceler Celso Amorim, Fernández visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba, onde o petista está preso desde abril do ano passado. Para o candidato, há uma perseguição a líderes da América Latina alvos de processos na Justiça envolvendo corrupção. Ele citou ainda o caso da vice-presidente do Equador, María Alejandra Vicuña, que renunciou ao cargo em 2018 após denúncias.

“São três casos sintomáticos: Equador, Argentina e de Brasil. Nos três se perseguem três líderes. Nos três casos há uma ‘forçação’ para envolver os presidentes que não têm nada que ver com a realidade, que nunca estiveram envolvidos”, declarou.

Para o kirchnerista, professor de direito penal na Universidade de Buenos Aires, a prisão de Lula é uma “mancha” para o Brasil. “Ele realmente tem todo direito de estar em liberdade para se defender. É uma mácula ao estado de direito. Me preocupa enormemente que essas coisas ocorram em nosso continente”, disse.

Questionado sobre a relação com o Brasil, Fernández não quis atacar o presidente Jair Bolsonaro (PSL), aliado de Macri. “Não vou contestar o presidente Bolsonaro, que ele continue falando mais de mim, não sabe o favor que me faz”, afirmou. Ele apontou ainda que o Brasil é um “sócio prioritário” e que pretende “estar unido” com o país caso eleito.

Apesar de ter atacado a segunda gestão de Cristina como presidente, entre 2011 e 2015, Fernández justificou ter aceitado a fórmula eleitoral porque ambos perceberam que, divididos, facilitariam o caminho para a reeleição do atual presidente. “E agora nos unimos, não Cristina e Alberto, mas todo o peronismo e toda força progressista de Argentina.”

A eleição presidencial na Argentina ocorre em outubro. As atuais pesquisas apontam empate técnico entre as duas chapas. Mas, para Fernández, há influência da imprensa “macrista” na divulgação dos números. “Não acontece isso, estamos bem”, declarou.

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