Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
Noticiado como alvo das investigações da Operação Jules Rimet, que deteve o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell por lavagem de dinheiro e corrupção, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira não está preso. O advogado do ex-cartola, Michel Assef Filho, negou a detenção, anunciada pelo jornal espanhol “Mundo Deportivo” na manhã desta terça-feira. O defensor afirmou que Teixeira está no Brasil “ainda tenta entender o que está acontecendo”.
“Não fui comunicado oficialmente, o que deverá ser feito pelos nossos sócios do escritório de advocacia na Espanha. Por enquanto, só conheço as matérias que a imprensa deu”, disse o advogado, que promete dar mais esclarecimentos posteriormente. Ricardo Teixeira já tentou permanência no principado de Andorra através do advogado de Rosell, mas seu pedido foi negado
Segundo a imprensa espanhola, o brasileiro é uma das cinco pessoas com mandado de prisão expedido na Operação Jules Rimet, deflagrada na Espanha nesta terça-feira. O centro da investigação seria um contrato de Rosell, que já foi preso, com a CBF.
De acordo com a rádio espanhola “Cadena Ser”, o casal Sandro Rosell e Marta Pineda, com ajuda de Teixeira, teria recebido propina de 14 milhões de euros de direitos de TV da seleção brasileira. Os direitos foram vendidos a uma empresa de TV do Qatar, que pagou uma comissão ao ex-dirigente do Barcelona. Segundo os investigadores, a empresa pagou os 14 milhões de euros a Sandro Rosell e Ricardo Teixeira na Suíça, que depois desviaram o dinheiro para Andorra. Sobre a acusação de recebimento de propina, Assef Filho afirmou que “não tem nenhum comentário a fazer”.