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Por Redação O Sul | 23 de março de 2016
Armínio Fraga e Henrique Meirelles são os nomes preferidos para o Ministério da Fazenda caso a presidenta Dilma Rousseff sofra impeachment e o vice, Michel Temer, assuma o cargo. Embora negue publicamente, o grupo de aliados de Temer avalia os nomes para ocupar a área econômica, sensível no atual quadro de recessão.
A ideia, por enquanto um rascunho, é ter no posto um nome com prestígio entre investidores do mercado financeiro e empresários. Isso ajudaria ainda o governo de transição a vender-se como produto de consenso de vários partidos – Armínio é ligado ao PSDB; Meirelles foi presidente do Banco Central de Luiz Inácio Lula da Silva. A ressalva é que o futuro ministro não pode ser ninguém com pretensões de ser candidato em 2018.
Essa ambição atrairia adversários políticos, pondo em risco o resgate econômico. Também não seria desejável para os aliados de Temer, para quem a retomada seria um trunfo nas próximas eleições. Embora Armínio tenha elogiado publicamente o “Plano Temer”, apelido dado ao programa “Ponte para o Futuro”, apresentado pelo PMDB em novembro do ano passado, ele disse em entrevista que não aceitaria um convite do governo de transição.
Recentemente, o economista teve conversas com emissários de Temer, mas se mostrou reticente. “Armínio só não assume se não quiser”, diz uma pessoa próxima ao vice, que pediu anonimato. Meirelles não foi sondado, mas sabe que seu nome já está sendo cogitado.
Outro nome próximo do vice, o senador José Serra (PSDB-SP), também economista, seria o preferido para a Saúde num eventual governo Temer. O Ministério do Planejamento também poderia abrigar o tucano. Colaboradores dizem que, se realmente assumir, Temer daria velocidade a propostas de reforma da Previdência, tributária e trabalhista. (Folhapress)