Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de novembro de 2019
Após 50 anos de inatividade, uma viagem inaugural marcou nesta semana a retomada dos voos regulares entre Porto Alegre e o município gaúcho de São Borja (Fronteira-Oeste). De acordo com o governo do Estado, as operações são realizadas às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, com saída da Capital às 13h15min e retorno (a partir do aeroporto João Manoel), às 15h30min.
A empresa aérea Two Flex, responsável pelo serviço, colocou à disposição aeronaves Cessna 208 Caravan, um bimotor com capacidade para nove passageiros, conforme anunciado meses atrás pelo Palácio Piratini. Em linha reta, a distância entre os dois pontos é de aproximadamente 500 quilômetros.
Para o titular da Selt (Secretaria Estadual de Logística e Transportes), Juvir Costella, a volta dessa opção de transporte entre as duas cidades é reflexo da maior demanda e oferta nos aeroportos do interior gaúcho: “Esse acontecimento comprova o acerto das políticas do governo do Estado no estímulo à implantação de novas rotas comerciais”.
Programa de incentivo
Ele também atribui o fato ao incentivo oficial para que as companhias aéreas participem do PDAR (Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional): “Aproximamos regiões estratégicas dos grandes centros e, assim, oportunizamos novos investimentos para o setor”.
Costella destacou, ainda, a importância das alterações realizadas pelo governo do Estado nos decretos que regem o funcionamento das rotas de voos comerciais. Dentre as medidas está a terceirização da operação dos voos por parte das empresas e a redução da alíquota de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis das aeronaves.
“Aviação é determinante para potencializar a infraestrutura logística estadual”, prossegue Costella. “Precisamos mudar o fato de o Rio Grande do Sul ser, hoje, o Estado brasileiro mais dependente do modal rodoviário. No caso de São Borja, os passageiros dos voos levarão duas horas para chegar à Capital, enquanto, de carro, a viagem duraria, pelo menos, sete horas”.
(Marcello Campos)
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