Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Após renunciar ao cargo de juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos e deixar o escritório do qual era sócio, o advogado acusado de espancar sua ex-mulher disse que ela “vivia roxa porque dava topadas pela casa”

Compartilhe esta notícia:

Advogado acusado de espancar ex-mulher disse que ela "vivia roxa porque dava topadas pela casa". (Foto: Reprodução)

Dias depois de a estudante Michella Marys Pereira, de 36 anos, denunciar agressões e maus-tratos em 13 anos de casamento com o advogado Roberto Caldas, de 55, ele decidiu falar. Após renunciar ao cargo de juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos e deixar o escritório do qual era sócio, Caldas deu uma entrevista ao jornal O Globo.

O advogado negou que tenha batido na ex, alegou que ela vivia dando topadas pela casa e que, por isso, vivia com hematomas. Caldas sugere que as denúncias têm relação com a partilha de bens e só admite um embate mais enérgico quando a empurrou para fora de casa. Acusou-a ainda de, com “precedentes de violência”, ter jogado óleo quente no companheiro anterior.

O advogado de Michella, Pedro Calmon, negou que ela tenha denunciado o ex-marido por motivações financeiras. Ele rechaçou as acusações de que Michella chantageou Caldas para conseguir parte do patrimônio.

O advogado negou ainda que Michella tenha agredido funcionárias ou mantido uma governanta em cárcere privado. Sobre a acusação de que a ex-mulher queimou com óleo quente o primeiro marido, Calmon disse tratar-se de situação “traumática” para ela e destacou não haver ligação entre isso e a separação do ex-juiz.

Confira abaixo trechos da entrevista:

1) O senhor já agrediu Michella?

Nunca. Agressão… Tivemos alguns momentos mais acalorados, que serão discutidos no momento próprio e na Justiça. Essas agressões que ela alega, com datas e fotografias, isso é, olha, irresponsável, e tem surpreendentemente a ver… Olha, eu nem classificaria como agressões, porque está em discussão. Há discussões muito sérias, e quem vai classificar se é agressão ou não é o Poder Judiciário.

2) Qual era, na avaliação do senhor, a intenção da Michella?

Todo tempo eu percebi que havia a intenção de uma separação com vantagens financeiras. Assinamos um termo de união estável com separação total de bens que ela não vem reconhecendo. Isso tem que vir a público para mostrar que esse processo está sendo uma busca de vantagem patrimonial via processo penal. Eu tentava sair dessa relação há muito tempo, desde o início.

3) Michella destratava os funcionários?

Recebi uma ligação de outra funcionária falando que a Michella estava no quarto com a governanta. Veja, sou advogado de trabalhadores, Michella já havia batido em outra empregada em julho. Me exaltei muito, muito, porque iríamos discutir uma coisa grave de que a funcionária a teria a acusado, e poderia ser que eu tivesse que dar alguma indenização caso houvesse o reconhecimento.

4) O senhor não se recorda do hematoma no rosto dela ou no corpo?

Não me recordo. A Michella tinha problemas de… (pausa) Ela dava muita topada, ela não vê cantos. Ela vivia com as pernas roxas, dava muita topada. O hematoma no rosto é algo que eu imagino que lembraria. Já vi ela toda unhada nas costas e nas pernas. Ela dizia que precisava tomar remédios para se controlar porque se arranhava.

5) Nos áudios, o senhor chama Michella de “cachorra” e ela diz, na sequência de um barulho, “doeu”.

Não posso me manifestar sobre essas gravações. São supostas provas que Michella apresenta no processo. Tem que citar se foi cortada, picotada, se ela tem inteireza, uma série de questões. Aquela é minha voz, reconheço, mas vamos ver se é razoável gravar alguém por seis anos. E a minha intimidade? Essas gravações são absolutamente seletivas. Agora, sobre palavrões, essas altercações verbais, lamento profundamente estar ouvindo minha voz.

6) O senhor fez sexo com Michella quando ela estava inconsciente?

Falar que eu fiz sexo não consentido é o fim da picada, eu fico todo arrepiado com isso. Não vou fazer considerações porque isso nunca aconteceu.

7) O senhor se considera uma vítima?

Não. Mas fui enredado em uma grande mentira. Michella tem precedentes de violência. Foi indiciada por jogar uma panela com óleo quente no marido que teve antes de mim. Foi aceita a denúncia, só que o crime prescreveu.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A maior concessionária de estradas do País deu cerca de 5 milhões de reais para o caixa 2 da campanha de Geraldo Alckmin em 2010
Os Estados Unidos dizem que não reconhecerão o resultado da eleição venezuelana
https://www.osul.com.br/apos-renunciar-ao-cargo-de-juiz-da-corte-interamericana-de-direitos-humanos-e-deixar-o-escritorio-do-qual-era-socio-o-advogado-acusado-de-espancar-sua-ex-mulher-disse-que-ela-vivia-roxa-porque-dava/ Após renunciar ao cargo de juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos e deixar o escritório do qual era sócio, o advogado acusado de espancar sua ex-mulher disse que ela “vivia roxa porque dava topadas pela casa” 2018-05-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar