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Armando Burd Com 53 mil 167 votos e no comando do País

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Rodrigo Maia é o presidente interino durante a viagem de Temer ao exterior. (Foto: AE)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O nome completo do presidente interino que assumiu ontem, durante a viagem de Michel Temer ao Exterior, é Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia. Em 1998, elegeu-se pela primeira vez deputado federal pelo PFL. Passou para o PTB, retornando ao PFL em 2001. Sua quarta reeleição em 2014 ocorreu com 53 mil 167 votos, colocando-se em 29º lugar entre os representantes da bancada do Rio de Janeiro. O primeiro foi Jair Bolsonaro com 464 mil 572 votos; a segunda, Clarissa Oliveira, filha de Anthony Garotinho, obteve 335 mil 64 votos. Depois, veio Eduardo Cunha com 232 mil 708.

ANTECEDÊNCIA

Ano de eleição é sempre perigoso para as contas públicas. A propensão dos administradores é relaxar e gastar mais do que podem. O ônus de medidas duras e impopulares fica para o governante seguinte. Os partidos, que sonham em chegar ao poder e querem se precaver, devem acordar a partir de agosto e montar formas de acompanhamento dos governos, denunciando excessos ou sugerindo moderação.

PRÉ-CONDIÇÃO

Uma das características do capitalismo de compadres é a competição para ver quem desvia mais dinheiro público. Tem efeito destruidor sobre a capacidade empreendedora, sem a qual nenhum país vai para frente.

GAFE PARA A HISTÓRIA

A 20 de junho de 1957, o rigor da segurança do Palácio Piratini provocou incidente na recepção ao presidente de Portugal, Craveiro Lopes. Os agentes não o conheciam. Só entrou porque o governador Ildo Meneghetti, ao saber do episódio, saiu às pressas do seu gabinete, no 1º andar, e veio à portaria. O restante da comitiva, que incluía o ministro do Exterior, Paulo Cunha, dois secretários de Estado e assessores, atrasou-se e não quis passar pelo mesmo constrangimento. Antes de surgir algum responsável para liberá-los, o grupo deu meia-volta e preferiu passear pelo Centro da cidade.

NÃO PODERIA IMAGINAR

Desde maio de 1959, lei assinada pelo presidente Juscelino Kubitschek concedeu a Aureliano Cândido Tavares Bastos o título de Patrono dos Municípios Brasileiros. Nascido a 20 de abril de 1839 em Alagoas, Bastos foi político, escritor e jornalista. Lutou de forma incansável contra a excessiva centralização administrativa e de poder no Segundo Império. Faleceu na França em 1875. Não poderia imaginar que, décadas depois, prefeituras deixariam de utilizar milhões de reais disponibilizados por ministérios. O motivo é constrangedor: muitos dos projetos enviados a Brasília acabam devolvidos por insuficiência de dados na elaboração. Quer dizer, não sabem fazer. Outros emperram por falta de prestação de contas de financiamentos anteriores.

O QUE FALTA

As verbas disponíveis nos ministérios para as prefeituras, todas a fundo perdido, incluem programas de prevenção ao uso das drogas e gravidez precoce, educação musical, aleitamento materno, combate à miséria, geração de emprego e renda, estímulo ao empreendedorismo, entre outros.

Existem ainda verbas de assistência social que vêm para os municípios, todos os anos, de forma automática, sem solicitação. Mesmo assim, as prefeituras não aproveitam. É indispensável que os prefeitos qualifiquem suas equipes, entendendo que cursos são necessários. Sem conhecimento, não adianta.

CRÍTICO SEVERO

O escritor paulista Oswald de Andrade, que viveu de 1890 a 1954, sobre a realidade política hoje repetiria o que disse: “A vida é uma calamidade em prestações.”

FOCO ERRADO

Fotografia sem retoque de sucessivos governos: impostos de Primeiro Mundo, gastos sem controle e infraestrutura mambembe.

DEMOROU

Os ruídos vindos do Brasil profundo, que trabalha muito, fala pouco e é constantemente esquecido, começam a ressoar.

GRANDE EQUÍVOCO

Alguns acham que economia planejada é o seguinte: quando falta pão, não pode faltar circo e vice-versa.

PERGUNTA

O que se parece com um transatlântico parado em meio à borrasca e muita gente tramando para aumentar mais o mau tempo?

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/com-53-mil-167-votos-e-no-comando-pais/ Com 53 mil 167 votos e no comando do País 2017-06-19
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