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Por Redação O Sul | 27 de abril de 2016
A comissão especial do impeachment no Senado iniciou, por volta das 9h50min desta quarta-feira (27), uma sessão para votar requerimentos para ouvir depoentes de defesa e acusação sobre o processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
Pelo cronograma do colegiado, os primeiros a prestarem depoimento, já na quinta-feira (28), serão os autores do pedido de impeachment. Ainda não está definido se comparecerão os três juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal ou apenas parte deles. Na sexta-feira (29), será a vez da defesa de Dilma, a ser apresentada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
Os depoimentos que forem aprovados nesta quarta deverão ser marcados para a próxima semana. Entre os requerimentos apresentados estão convites para ouvir os ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura), os ministros aposentados do STF (Supremo Tribunal Federal) Eros Grau e Carlos Velloso, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Carlos Lamachia, e o procurador de Contas junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) Júlio Marcelo de Oliveira, além de juristas e acadêmicos.
Os trabalhos do colegiado começaram na terça-feira (26), com a eleição do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), a quem caberá elaborar um parecer recomendando a instauração ou o arquivamento do processo para ser apresentado no dia 4 de maio e votado no dia 6.
A expectativa é que o relatório dele seja submetido ao plenário principal do Senado no dia 11 de maio. Para ser aprovado, é necessário haver maioria simples dos senadores (41 de 81). Se for favorável à instauração do processo, Dilma será afastada da Presidência da República por 180 dias. Nesta hipótese, o vice-presidente Michel Temer assumirá o comando do Palácio do Planalto. (AG)