Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
Também presente nas denúncias feitas por Joesley Batista, da JBS, o ex-presidente Lula soma pelo menos R$ 82 milhões em vantagens indevidas que ele e seus familiares são acusados de receber no esquema de corrupção investigado pela Lava-Jato. Segundo cálculo feito pela revista Época, essa quantia foi obtida “em vantagens indevidas — bens ou pagamentos ilegais.” O montante, porém pode ser maior porque foi somado antes da delação de Joesley, que afirmou ter separado US$ 70 milhões de propina em uma conta cujos extratos eram, segundo o empresário, de conhecimento de Lula.
Além do apartamento triplex no Guarujá (SP) e de reformas no sítio de Atibaia (SP), o petista responde por ser beneficiário na aquisição de uma nova sede para o Instituto Lula, de envolvimento na compra de um apartamento no prédio onde mora, além de ter seu nome associado ao pagamento, pela OAS, da manutenção do acervo presidencial.
Contas da força-tarefa da Lava-Jato mostram que Lula teria sido beneficiado desta forma: triplex (R$ 3,7 milhões), Instituto Lula (R$ 12 milhões), sítio (R$ 1 milhão), apartamento (R$ 500 mil), além de investigações que o apontam como beneficiário de esquemas envolvendo seu sobrinho Taiguara Santos (R$ 24 milhões), e do seu filho, Luís Cláudio (R$ 2,5 milhões)
Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o empresário Marcelo Odebrecht reforçou acusações contra o petista. Afirmou que a empreiteira mantinha uma espécie de conta-corrente com o PT, na qual estavam provisionados R$ 35 milhões em uma subconta denominada “Amigo”, codinome utilizado para fazer referência a Lula.
O ex-presidente nega ter recebido qualquer recurso indevido e diz ter sempre agido dentro da lei em sua vida pública. (AG)