Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2017
A defesa do presidente Michel Temer pediu nesta quarta-feira (31) que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin reconsidere a autorização dada à PF (Polícia Federal) para colher desde já o depoimento por escrito do peemedebista. A defesa solicita que Temer só responda por escrito às perguntas após a conclusão da perícia no áudio da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, que ocorreu no Palácio do Jaburu, em março.
“É de fácil percepção a absoluta impossibilidade de o presidente da República fornecer respostas enquanto não finalizada a perícia deferida como prioridade por Vossa Excelência. Especialmente, impossíveis de ser respondidos seriam eventuais quesitos que digam respeito a uma gravação que, de antemão, já se sabe fraudada!”, afirmam os advogados Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Sérgio Eduardo Mendonça de Alvarenga.
Os defensores pediram também que, caso decida não adiar o depoimento, Fachin ao menos oriente a PF a não elaborar perguntas sobre o conteúdo da conversa entre Temer e Joesley. Os advogados afirmam que “a desejável celeridade para finalização das investigações não pode atropelar direitos individuais e garantias constitucionais”.
Fachin, por outro lado, entende que o inquérito contra o presidente Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures deve transcorrer em um prazo mais rápido do que o normal por haver uma investigada presa, Roberta Funaro, irmã do corretor Lucio Funaro – apontado como operador de Eduardo Cunha. Na terça-feira, Fachin desmembrou esta investigação da que existe sobre o senador afastado Aécio Neves, que passará a ser feita em separado.
Desmembramento
A defesa de Temer também estuda voltar a requerer o desmembramento da investigação de Temer, desta vez especificamente em relação a Rocha Loures, mas tal demanda não foi incluída no atual pedido encaminhado ao Supremo. (AE)