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Brasil A deflação no mês de junho é o resultado da recessão e da economia fraca

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Petrobras anuncia altas de 1,30% no preço da gasolina e de 3,60% no diesel. (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Pela primeira vez em 11 anos, a inflação no Brasil ficou negativa. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) fechou junho em menos 0,23% na comparação com maio, com isso, a inflação do semestre ficou em 1,18%. No primeiro semestre do ano passado, ela foi de 4,42%. Deflação significa que os preços caíram, mas isso não é consequência de bons resultados na economia.

Com isso, o primeiro semestre do ano fechou em 1,18%, bem menos do que os 4,42% registrados no mesmo período do ano passado. Considerando os primeiros semestres, é o resultado mais baixo da série histórica. Em relação aos últimos 12 meses, o índice acumulado foi para 3%, abaixo dos 3,6% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores.

Sabe há quanto tempo não se ouve falar nisso no Brasil, em deflação? Há 11 anos. Na história recente do Brasil, constantemente marcada por inflação alta, só houve deflação no IPCA por no máximo três meses seguidos. Isso aconteceu entre julho e setembro de 1998. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que, no geral, os preços caíram mais do que subiram comparando-se junho com maio desse ano, ou seja, deflação de 0,23%.

Habitação, transportes e alimentos foram os setores em que os preços caíram mais. Os combustíveis e a energia elétrica também ficaram mais baratos. Entre os alimentos, as maiores quedas foram nos produtos hortifrutigranjeiros.

Em uma primeira olhada nesses números do IBGE, quem entende de economia diz que essa deflação de junho é, ao mesmo tempo, uma boa e uma má notícia. A boa notícia é que a oferta, principalmente de alimentos, aumentou. E se a oferta sobe, o preço cai. A má notícia é que a economia brasileira ainda sofre as consequências da recessão que tecnicamente já acabou, mas ainda provoca estragos. Tem muita gente desempregada no País e, por isso, menos pessoas está comprando. E quando a procura cai, o preço também cai.

O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, explica que essa deflação é temporária e não deve se repetir na próxima pesquisa. Deflação continuada não é bom para o País.

Segundo ele, o que pode atrapalhar a recuperação da economia é a crise política. “As reformas são vistas como um elemento fundamental para acelerar a recuperação da atividade econômica e a crise política deve atrasar as reformas, o que acaba prejudicando a própria recuperação da atividade”, afirma.
No supermercado, o placar está dividido. Tem gente achando que os preços caíram, tem gente que não.

Perspectiva para julho

Para a composição do índice de julho, o IBGE aponta que ele sofrerá influência do reajuste das taxas de água e esgoto que tiveram aumento em Porto Alegre (4,5%), em Fortaleza (12,90%) e Salvador (8,80%). Também houve elevação nas tarifas de energia elétrica em Porto Alegre (5,84%), São Paulo (5,57%) e Curitiba 7,09%.

Além disso, em todo o País, a bandeira deixa de ser verde e passa a ser amarela. Outro reajuste a nível nacional que vai impactar no índice é o aplicado no transporte interestadual de 9%
.
O cálculo do IPCA leva em conta os preços de pagamentos à vista no comércio, nos aluguéis e compras de imóveis, nos serviços públicos e no setor de serviços nas principais cidades brasileiras. O IBGE coleta informações de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

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