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Brasil Dilma critica “grampo ilegal” durante a posse de Lula como ministro da Casa Civil

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A ideia é "matar" o processo de impeachment o mais rápido possível, caso contrário o governo "morrerá" em um prazo máximo de 60 dias e de forma melancólica (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse como ministro da Casa Civil na manhã desta quinta-feira (17). A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, começou com um princípio de confusão protagonizado pelo deputado Major Olímpio (SD-SP). “É uma vergonha o que aconteceu ontem”, gritou o parlamentar, referindo-se à nomeação de Lula, efetivada na quarta-feira (16). Olímpio foi imediatamente vaiado e hostilizado pelos grupos pró-governo que acompanhavam a solenidade.

Em seu discurso, a presidenta classificou de “grampo ilegal” a interceptação de uma conversa telefônica entre ela e o ex-presidente, divulgada pela imprensa. Na conversa, ela disse que encaminharia ao petista o “termo de posse” de ministro para que fosse usado “em caso de necessidade”. Os investigadores da Lava-Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula.

Dilma criticou ainda o que chamou de “vazamentos seletivos” nas investigações sobre o escândalo da Petrobras. “Não há Justiça quando delações são tornadas públicas de forma seletiva para execração de alguns investigados e quando depoimentos são transformados em fatos espetaculares. Não há Justiça quando leis são desrespeitadas e a Constituição aviltada. Não há Justiça para os cidadãos quando as garantidas constitucionais da própria presidente da República são violadas.”

Dilma chamou Lula de “maior líder político do País”. Segundo ela, a crise trouxe a “magnífica oportunidade” de ter o ex-presidente no governo. “Queridos amigos e amigas, todo mundo sabe que as dificuldades costumam criar grandes oportunidades. As circunstâncias atuais me dão a magnífica chance de trazer para o governo o maior líder político desse País”, afirmou a presidenta.

“Vivemos um momento ímpar, momento em que o combate à corrupção tem sido realizado sem imposição de qualquer obstáculo por parte do governo federal, mas momento que temos de reafirmar a centralidade dos direitos individuais, da normalidade institucional e da soberania da Constituição. Somente haverá Justiça com respeito rigoroso a princípios orientadores de sua execução – em especial a presunção de inocência e o amplo direito de defesa de qualquer cidadão. A Justiça, o combate à corrupção sempre é mais forte e digno quando respeita os princípios constitucionais”, disse a presidenta.

“A gritaria dos golpistas não vai me tirar do rumo e não vai colocar o nosso povo de joelhos”, afirmou a presidenta, que foi aplaudida pela plateia.

Protestos 

Centenas de manifestantes contra  e a favor do governo reuniram-se em frente ao Palácio do Planalto. A PM (Polícia Militar) fez bloqueios para impedir que eles entrem em confronto.

 

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

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