Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2016
A guerra de versões sobre o impeachment deverá ganhar contornos competitivos durante a Olimpíada do Rio, quando a presidenta afastada Dilma Rousseff e o presidente interino Michel Temer tentarão se apropriar da presença de milhares de jornalistas do mundo todo que estarão no País. Enquanto Temer pretende utilizar as conversas com chefes de Estado e jornalistas para focar na economia e tentar passar a mensagem de que o Brasil caminha para um cenário mais otimista, Dilma pretende constranger o peemedebista espalhando o discurso de que não pesa sobre ela crime de responsabilidade e portanto há um golpe.
Ambos confirmaram participação na cerimônia de abertura dos Jogos no dia 5 de agosto. Temer trabalhou indiretamente para tentar encerrar o processo do impeachment e se confirmar no posto de presidente antes do início da Olimpíada, mas a estratégia não funcionou e o julgamento só ocorrerá no fim de agosto.
A estratégia de Temer é defender o “espírito olímpico” e pregar “união, pacificação e a tese de que o Brasil deve estar junto em uma só torcida”. Dilma, por sua vez, já disse que se sente como a “mãe” da Olimpíada do Rio. Em seu perfil no Facebook, criou uma página exclusiva para falar dos Jogos, onde se apresenta como responsável pelo evento. (AG)