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Brasil A editora Companhia das Letras foi hostilizada nas redes sociais

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Nova biografia gerou comentários contra e a favor nas redes. (Foto: Reprodução/Instagram)

Otávio Marques da Costa, publisher das Companhia das Letras, ficou realmente surpreso com as críticas que a editora recebeu, em seu Instagram, ao publicar foto da capa da nova biografia de Karl Marx.

“É completamente absurdo. Estava até esperando reações da esquerda, mas não da direita – já que o livro é uma biografia crítica, revisionista, cujo subtítulo é ‘grandeza e ilusão’’’, afirmou. “Os comentários feitos dizem muito sobre o obscurantismo da nossa época, na qual as pessoas sequer leem sobre os livros e já saem comentando”.

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Em "Karl Marx: Grandeza e ilusão", Gareth Stedman Jones oferece tanto uma biografia do pensador como uma história intelectual de sua época desafiadora, que viu emergir novas concepções sobre Deus, capacidades humanas e sistemas políticos. Nesse retrato, Marx surge como um homem muito além do mito, permeável às transformações políticas e capaz de mudar de ideia — às vezes de maneira radical. Marx nasceu num mundo que ainda se recuperava da Revolução Francesa, do governo napoleônico na Renânia, da iniciada emancipação dos judeus e do sufocante absolutismo prussiano. O ambiente intelectual europeu havia sofrido várias reviravoltas depois das ideias de Kant, Hegel, Feuerbach, Ricardo e Saint-Simon, entre outros, que seriam aproveitadas por Marx na constituição de uma obra de impacto poucas vezes igualada. Nas livrarias a partir de amanhã. #karlmarx #biografia #garethstedmanjones

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“Cultura criminalizada”

Recentemente a atriz Fernanda Torres disse que estava superando as próprias expectativas ao lançar seu segundo romance, “Glória e seu cortejo de horrores”, também da Companhia das Letras.

A atriz e escritora admitiu ter pensado que nunca mais fosse conseguir escrever após o sucesso de “Fim” (Companhia das Letras), o romance anterior, que saiu em 2013. Para ela, a sensação naquela estreia era de que o livro tivesse sido escrito sozinho.

“O ‘Glória’ foi difícil porque o ‘Fim’ foi muito além da minha expectativa. Eu achei que nunca mais fosse escrever um livro, que aquilo tinha escrito sozinho. É muito estranho, porque você acaba um livro e é como se você não tivesse aprendido nada. Você volta ao zero”, disse a atriz.

Aos 52 anos, Fernanda Torres diz que “Glória”, a partir de certo ponto, “se definiu como um livro em que tentar falar sobre o que era a cultura – o teatro, o cinema e a TV – quando comecei a trabalhar e a me entender como gente”.

Ela se lembra da época como um período “em que todo mundo queria ser ator, você queria ser a Regina Casé”.

“Eu vi o Asdrúbal [Trouxe o Trombone, grupo teatral dos anos 1970]; vi o ‘Macunaíma’, do [diretor] Antunes filho, e aquilo mudou a minha vida… E, hoje em dia, isso diminuiu. Com o advento das redes sociais, chegamos a um ponto agora em que a cultura está sendo criminalizada.”

Ela também fala sobre a recente onda de protestos e críticas dirigidas a exposições e outras produções artisticas e culturais. Para a atriz, alguns grupos de “haters” estão criando essa “criminalização da cultura”.

“A gente está passando por isso. Quando eu escrevi o ‘Glória’, eu achava meio absurdo ele [o protagonista do livro] parar numa prisão. Hoje, acho incrível que ele se encontre no meio dos presos, onde a arte dele volta a fazer sentido”, afirma a atriz e escritora.

“Eu acho que a arte atualmente, por causa das leis de incentivo, elas são taxadas de, praticamente, corrupção”, diz. Ao comentar sobre algumas demonstrações artísticas que foram vistas como pedofilia ou criminosas, a atriz afirmou que estas opiniões tentam “anular” a arte.

Fernanda diz se espantar com amigos artistas plásticos que “estão exibindo no MoMA, em Barcelona e, de repente, foram chamados para o olho do furacão” porque “a arte deles é considerada perversão”.

“Quando você olha um quadro da Adriana Varejão e diz que aquilo é zoofilia e é um quadro sobre a história da desigualdade social e racismo no Brasil, o que se quer? Se quer anular a Adriana, mas eu ainda prefiro viver num país que tem a Adriana.”

Mas ela demonstra algum otimismo: “Dionísio que é um Deus do teatro. Tem horas em que ele vive enterrado e tem horas que depois volta. Acho que a gente caminha para um tempo sombrio na arte e, depois, talvez, uma ressurreição”.

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