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Mundo Em meio a reformas, a revolução cubana chegou ao 60º aniversário

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(Foto: Reprodução)

A revolução cubana celebra nesta terça-feira (1º) seu 60º aniversário sem Fidel Castro, que morreu no final de 2016, enquanto a ilha comunista , pela via das reformas, busca evitar o naufrágio econômico.

Santiago de Cuba (sudeste) recebe um ato comemorativo simbólico, realizado aos pés dos túmulos do herói nacional, José Martí, e de Fidel, e que deve contar com um discurso de Raúl Castro, que, como outros históricos personagens, está aposentado da vida pública, embora conserve as chaves do poder.

Pela primeira vez desde 1976, Cuba tem um presidente sem o sobrenome Castro: Miguel Díaz-Canel, de 58 anos, que repete “somos continuidade”, e que na quinta-feira (tuitou que “a revolução cubana é invencível, cresce, perdura”.

A nova Constituição cubana, que será levada a referendo em 24 de fevereiro, ratifica o comunismo como meta social, mas reconhece o papel do mercado, da propriedade privada e do investimento estrangeiro, e assegura que Cuba “jamais” retornará ao capitalismo.

O PCC (Partido Comunista) segue sendo “único” e a “força política superior do Estado e da sociedade”. Mas a sociedade tem mudado e logo haverá, por exemplo, jogadores de beisebol milionários na ilha após o recente acordo com as Grandes Ligas dos Estados Unidos.

Embaixadores

Soldados, médicos e professores passaram a ser uma espécie de embaixadores da Revolução Cubana, uma vez diluída a imagem puramente romântica com que os camaradas barbudos de Fidel Castro assumiram o poder na ilha em 1959.

Passaram da violência das armas ao entendimento e à ajuda humanitária em América Latina, África e Ásia. Referência ideológica para o socialismo, Cuba resiste ao bloqueio dos Estados Unidos, que questiona seu unipartidarismo e falta de liberdades políticas.

A imagem romântica

O catalão Carlos García Pleyán viveu na França os protestos de maio de 1968. Quando encontrou um exemplar de “A História me Absolverá”, de Fidel Castro, começou seu idílio com Cuba.

“Fiquei deslumbrado. No verão de 1969 já estava em Havana explorando possibilidades de trabalho. No ano seguinte, já graduado, havia me instalado em Cuba definitivamente”, disse o hoje sociólogo e urbanista à AFP.

“A Cuba dos anos 1960 foi um exemplo de audácia revolucionária e de inovação social que contrastava com a conservadora realidade europeia e que seduzia qualquer um que defendesse a justiça social”, acrescentou. Seduziu o casal de filósofos franceses Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Sartre escreveu um livro antológico, “Furacão sobre Cuba”.

Novos tempos

No fim, a União Europeia normalizou as suas relações com Cuba, se afastando da nova política hostil de Donald Trump. “América Latina, zona de paz” é a sua bandeira, um continente onde renasce a onda direitista em seus governos, enquanto morreram os dois grandes líderes continentais: Fidel Castro (1926-2016) e Hugo Chávez (1954-2013).

Cuba cerrou fileiras com Venezuela, Bolívia e Nicarágua, que resistem a fortes pressões de Washington, e convocou para que construam uma frente ampla que reúna forças de esquerda e progressistas, além de movimentos sociais, para enfrentar esses desafios. Um cenário hostil por onde Cuba se move com a experiência de seis décadas.

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https://www.osul.com.br/em-meio-a-reformas-a-revolucao-cubana-chegou-ao-60o-aniversario/ Em meio a reformas, a revolução cubana chegou ao 60º aniversário 2019-01-01
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