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Economia As empresas aéreas de baixo custo apostam em voos longos. Para economizar, passageiros levam comida e até cobertor em viagens

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Empresa ''low cost'' norueguesa voa para fora da Europa. (Foto: Reprodução)

Fones de ouvido, travesseiro e cobertor embaixo do braço e, claro, sanduíches e biscoitos na bolsa. Tudo pronto para curtir um fim de tarde ao ar livre em pleno inverno? Não. A lista reúne os itens essenciais para quem quer passar longas horas no ar com o menor gasto possível e, assim, fazer jus aos preços de passagens até 50% menores que o padrão cobrados pelas companhias aéreas de baixo custo. Cenas de verdadeiros piqueniques a bordo se tornaram cada vez mais frequentes entre aéreas de baixo custo europeias, asiáticas e canadenses, que decidiram investir em voos de longo curso. Um mercado até poucos anos atrás restrito a empresas convencionais, que, com tarifas bem mais salgadas, servem comida quente e oferecem mantas em voos internacionais, sem custo extra.

Tradicionalmente, o modelo das chamadas aéreas low cost era fazer voos de curto ou médio alcance, em que os custos com combustível e tripulação são menores, e nos quais se cobra praticamente por tudo que não seja o deslocamento em si, de reserva de assento e fone de ouvido a bagagem despachada e check-in presencial. Nos últimos anos, a queda do preço do petróleo e o avanço tecnológico, que permitiu o desenvolvimento de gerações de aviões mais eficientes, com economia de 20% a 25% no consumo de combustível, possibilitaram a essas empresas se arriscar no terreno dos voos de longo curso.

Não há conceito único para voo de curto ou longo alcance. No glossário do Eurocontrol, órgão intergovernamental que gerencia o tráfego aéreo europeu, voos com distâncias acima de 4 mil quilômetros são considerados de longo curso. Num voo direto de Rio a Bogotá, na Colômbia, por exemplo, percorre-se 4.500 quilômetros em cerca de cinco horas e meia.

“O mercado de empresas low cost para voos de curto alcance está saturado em muitos países na Europa e nos Estados Unidos. E os passageiros querem viajar para mais longe por menos, abrindo mão do conforto. Essas são as razões para essas companhias se aventurarem nos voos de longo curso, o que sempre foi um desafio para elas”, afirma Jonathan Kletzel, líder da área de viagem e transporte nos EUA da consultoria PwC. “Para dar certo, os aviões têm que ser modernos e eficientes, como os A330neo (da europeia Airbus) ou os 787 (da americana Boeing), que consomem menos combustível, mantendo a competitividade das aéreas low cost.”

A pioneira nesse novo modelo de negócios é a norueguesa de baixo custo Norwegian. Em 2013, a empresa inaugurou o primeiro voo para fora da Europa. Hoje, é a companhia europeia que atende a mais destinos nos EUA (são nove no total), segundo o jornal britânico “Guardian”. Semana passada, seus aviões passaram a cruzar o Atlântico Norte, a partir de Barcelona e, em setembro, levarão passageiros de Londres para Cingapura, seu segundo destino na Ásia — a aérea já voa para Bangkok, na Tailândia.

Em resposta à concorrência, o braço low cost da Singapore Airlines, a Scoot, planeja novo voo conectando a cidade-Estado à Europa. No próximo dia 20, deve inaugurar a rota Cingapura-Atenas. Sem ficar para trás, o grupo IAG, dono da British Airways e da espanhola Iberia, criou este ano uma empresa de baixo custo focada em voos de longo alcance, batizada de Level. De Barcelona, ela vai voar para Los Angeles e Oakland, nos EUA, a partir deste mês, concorrendo diretamente com a Norwegian. Também terá voos para Buenos Aires e Punta Cana. As passagens são vendidas em seu site com preços a partir de US$ 149 cada perna.

A canadense WestJet também tem planos para ampliar sua atuação em voos intercontinentais. Há poucos dias, pediu autorização à agência reguladora do Canadá para voar para a China. Segundo o presidente executivo da empresa, Gregg Saretsky, já foram encomendados aviões 787, com previsão de entrega em 2019, justamente para as novas rotas. A aérea voa para Europa e EUA.

Cobertores e travesseiros são vendidos a US$ 3 cada. A refeição sai por US$ 6,70 mas quem pede café da manhã e jantar ganha um desconto: o combo custa US$ 11. Para despachar bagagem são cobrados US$ 18,50. Para economizar, diz Saretsky, os clientes levam o que podem na bagagem de mão, com peso de até 22 quilos. A tarifa básica da WestJet de Caldbury, no Canadá, para Londres, por exemplo, sai por cerca de US$ 260 a perna. Na Air Canada, segundo o executivo, o preço é próximo a US$ 520.

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