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Política Um encontro secreto selou uma aliança entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do PSDB por queda de Michel Temer

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Tasso afirmou que o Brasil está chegando à “ingovernabilidade”. (Foto: Ag. Senado)

No início da noite de quarta-feira, enquanto o presidente Michel Temer cobrava dos ministros ajuda para se manter no cargo, o deputado Rodrigo Maia recebeu sigilosamente, na residência oficial do presidente da Câmara, o senador Tasso Jereissati, comandante interino do PSDB.

Favorito para suceder Temer no Palácio do Planalto caso o peemedebista seja afastado do cargo, Maia discutiu com Tasso a formação do novo governo. Os dois concordaram em manter a equipe econômica, tocar a agenda de reformas e fazer mudanças pontuais no ministério.

“O Rodrigo começou a compor o novo governo”, disse  um importante cacique tucano. O DEM, partido de Rodrigo Maia, também já trabalha nos bastidores pela substituição de Temer. Os dois partidos compartilham da análise de que o peemedebista não terá condições de reverter o estrago provocado pelo parecer do relator da CCJ (Comissão de Constituição de Justiça), Sérgio Zveiter, sobre a denúncia contra Temer. Nos gabinetes de Brasília, é barbada que Zveiter votará pela abertura de processo contra o presidente. “O Temer é impopular, a única coisa que o sustenta é o Congresso. Com o colapso na CCJ, o efeito dominó será inevitável”, declarou o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima.

“Na travessia, se vier, há várias opções. Se vier um afastamento [de Temer] pela Câmara, ele [Rodrigo Maia] é presidente por seis meses”, disse Tasso. “Ele tem condições, até pelo cargo que possui na Câmara, de juntar os partidos ao redor de um nível mínimo de estabilidade para o País.”

Tasso afirmou que o Brasil está chegando à “ingovernabilidade”. “Tem que haver agora um acordo para dar a estabilidade mínima para se chegar a 2018”, afirmou. Caso Temer deixe o poder, o presidente do PSDB defende que a “equipe econômica tem que ficar e o governo tem que ser o mais próximo possível do intocável na postura ética”.

Tucanos

Um dos principais defensores da permanência do PSDB no governo de Michel Temer ao longo do último mês, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu sinais de que pode apoiar o desembarque do partido do governo federal. Em visita ao interior do Estado nesse sábado, Alckmin afirmou que defendia, no ano passado, que o PSDB nem participasse dos ministérios de Temer e disse que os tucanos devem se comprometer apenas com as reformas. A eventual saída do partido deverá ser discutida em uma reunião marcada para segunda-feira em São Paulo, com a presença de governadores, senadores e outras lideranças do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Eu já defendi lá atrás que não deveríamos nem ter participado com indicação de ministros. Você pode apoiar as reformas, projetos de lei, medidas de interesse da comunidade sem precisar ter participação governamental. No entanto, a posição do partido foi de participar. Acho que a gente deve completar esse ciclo de reformas. A reforma trabalhista vai ajudar a aumentar o emprego no Brasil, estimular a empregabilidade e diminuir a informalidade”, afirmou o governador, após participar de uma cerimônia de entrega de 60 casas em Rubiacéa, município de 2,7 mil habitantes a cerca de 490 quilômetros da capital paulista.

Em abril do ano passado, Alckmin chegou a defender que o PSDB não deveria participar do ministério que estava sendo formado por Michel Temer, que acabara de assumir devido ao afastamento de Dilma Rousseff. Após reunião com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no dia 28 daquele mês, o tucano paulista passou a dizer que o partido não deveria pedir nenhuma pasta, embora pudesse participar do governo que estava se formando.

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