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Brasil “Eu vivo em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica.” A frase é repetida por Bolsonaro para definir o cotidiano de um presidente

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O presidente iniciou uma reestruturação do governo, que deve ser intensificada a partir da próxima semana. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

“Eu vivo em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica.” A frase repetida por Jair Bolsonaro para definir o cotidiano de um presidente resume o isolamento político em que ele se colocou nos cem primeiros dias do seu mandato.

No período, não conseguiu formar uma base aliada, enfrentou desgaste com os filhos, viajou pouco pelo País, cercou-se de um núcleo ideológico e se confinou nas redes sociais, onde criou polêmicas. Após três meses marcados por tropeços e conflitos, o presidente iniciou uma reestruturação do governo, que deve ser intensificada a partir da próxima semana, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Ele discute mudança da estratégia de comunicação, alteração do desenho da Esplanada dos Ministérios e troca na equipe de articulação parlamentar. A ideia principal é renovar o grupo considerado ideológico, responsável por iniciar crises políticas durante os três primeiros meses, e priorizar uma visão mais pragmática da gestão pública.

Nesse sentido, duas mudanças já foram feitas. Uma delas é a troca de comando no Ministério da Educação, do qual o olavista Ricardo Vélez foi retirado, após uma série de controvérsias, para dar lugar ao economista Abraham Weintraub, também aluno do guru do clã Bolsonaro, mas treinado em gestão.

Na comunicação, uma das áreas consideradas mais sensíveis nesses cem dias de gestão, Bolsonaro trocou o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Especial), substituindo o publicitário Floriano Amorim pelo empresário Fabio Wajngarten.

Sob a bandeira do que chama de “nova política”, o presidente não criou um canal de diálogo com dirigentes partidários e desenvolveu uma interlocução frágil com o Congresso, colocando em risco uma das prioridades do seu mandato: a aprovação da reforma da Previdência.

Para superar o ponto fraco, ele pretende criar um conselho político, com a participação de líderes e presidentes das legendas, e deve fazer troca na interlocução parlamentar. A ideia é retirar da função de líder do governo o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), avaliado como inexperiente para o posto pelo Palácio do Planalto.

Em uma sinalização ao PRB, legenda ligada à Igreja Universal e a primeira que foi recebida em ofensiva para formar uma base aliada, o presidente considera para o posto os nomes dos deputados federais João Campos (PRB-GO) e João Roma (PRB-BA). O partido ainda discute se fará parte da coalizão governista.

A avaliação é de que os demais integrantes da articulação política têm atendido às expectativas e que, portanto, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) devem ser mantidos na equipe de líderes do governo.

Auxiliares do presidente reconhecem que o Planalto errou na escolha de Vitor Hugo e na forma como ele foi apresentado como líder, sem que antes houvesse consulta aos parlamentares.

Em mais uma iniciativa para tentar melhorar a interlocução legislativa, uma corrente do governo defende a recriação da Secretaria de Relações Institucionais, que dividiria com a Casa Civil a tarefa de articulação política – que inclui, por exemplo, o atendimento a demandas das bancada federais.

Outra alteração que está em análise é a dissolução da Secretaria-Geral da Presidência, criada para abrigar o então braço-direito de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, que foi demitido em fevereiro. O cargo é atualmente ocupado pelo general Floriano Peixoto.

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