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Política Inflamação na carne brasileira foi resultante da vacinação de febre aftosa

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O Ministério da Agricultura autorizou o Estado a suspender a vacinação. (Foto: Reprodução)

Para o governo brasileiro, os problemas que levaram ao bloqueio da carne bovina brasileira pelos Estados Unidos seriam consequência da vacinação contra a febre aftosa – que é obrigatória no Brasil. Se não aplicada com cuidado, a vacina pode causar uma pequena lesão no animal.

O governo norte-americano atribui a suspensão à inconformidades sanitárias. Segundo o Ministério da Agricultura, a vacina contra a febre aftosa estaria provocando abscesso na carne.  São caroços que podem aparecer na área onde a dose foi aplicada. É uma reação que ocorre entre a pele e o músculo do animal.

A vacina é aplicada na parte dianteira do boi, justamente os cortes que os norte-americanos compram. Isso que pode acontecer por vários motivos, de falta de higiene até aplicação errada. No Brasil, quase 200 milhões de animais são vacinados todos os anos contra a doença. A mediada é obrigatória. A primeira etapa da campanha nacional terminou em junho.

A decisão norte-americana de bloquear a carne brasileira provocou reações dentro dos Estados Unidos e em outros países. Em termos de mercado, o impacto é pequeno, já que os EUA compram pouca carne brasileira e carne bovina in natura do Brasil. Pior impacto pode ser a repercussão dessa notícia no mundo, o risco de outros países adotarem a mesma medida.

Em todo o ano passado, os Estados Unidos importaram US$ 3,35 milhões de carne bovina congelada, resfriada e fresca, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ao todo, o Brasil exportou US$ 4,3 bilhões desse produto em 2016.

Atualmente, a Ásia é o maior mercado para a carne bovina brasileira. O maior importador é Hong Kong, que comprou US$ 718 milhões de carne bovina resfriada, congelada e fresca do Brasil em 2016, seguido da China, que importou US$ 702 milhões, segundo dados do Mdic.

Os Estados Unidos intensificaram os testes à carne brasileira em março, após a Polícia Federal deflagrar a operação Carne Fraca, que investigou irregularidades em frigoríficos brasileiros.  Após o escândalo, diversos países impuseram medidas restritivas à carne brasileira, como a suspensão de importações e o aumento dos testes de qualidade.

A União Europeia trouxe auditores ao Brasil em maio e enviou no início de junho uma carta ao ministro Blairo Maggi solicitando novas medidas para assegurar a qualidade da carne exportada. A UE ameaça impor novas restrições ao Brasil se seu pedido não for atendido.

A importância dos Estados Unidos como comprador de carne brasileira vai além dos números. O país é uma referência para outros importadores de carne bovina in natura, explicaram as autoridades brasileiras quando conseguiram o aval para exportar o produto para o mercado americano.

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https://www.osul.com.br/eua-detectaram-uma-inflamacao-resultante-da-vacinacao-de-febre-aftosa/ Inflamação na carne brasileira foi resultante da vacinação de febre aftosa 2017-06-24
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