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Brasil O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras preso pela Polícia Federal tinha a meta de “limpar” a empresa petrolífera dos funcionários envolvidos na corrupção

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Aldemir Bendine assumiu a presidência da companhia em fevereiro de 2015. (Foto: Reprodução)

Considerado o homem do governo Dilma Rousseff na Petrobras, Aldemir Bendine assumiu a presidência da companhia em fevereiro de 2015 no lugar de Maria das Graças Foster, em meio à maior crise da história da companhia envolvida no escândalo de corrupção revelado pela operação Lava-Jato. Sua missão era colocar a estatal de volta nos trilhos, acertar as finanças e publicar o balanço de 2014. Porém, não demorou para que, dentro da companhia, o executivo recebesse o apelido de “presidente TQQ”. É que, segundo comentários, ele somente trabalhava na sede da Petrobras no Rio às terças, quartas e quintas-feiras.

Bendine tinha a meta de “limpar” a companhia dos funcionários que estiveram envolvidos nas irregularidades. Juntamente com seus diretores, de um lado, buscava arrumar as finanças lançando programas agressivos de cortes de custos. De outro, iniciou um profundo processo de reestruturação interna, com mudanças no modelo de governança para “blindar” a Petrobras. Entre as medidas estavam mudanças no estatuto da companhia, para evitar que no futuro ocorressem novamente os desmandos registrados nas gestões anteriores.

Com um forte programa de demissões, Bendine ganhou o respeito e a admiração do mercado em geral, e o ódio dos funcionários. Se instaurou dentro da companhia um verdadeiro clima de “caça às bruxas”, considerado péssimo e que fazia com que cada funcionário desconfiasse do colega ao lado.

Em vários momentos durante sua gestão na Petrobras, Bendine demonstrava grande indignação pelos casos de corrupção ocorridos dentro da estatal. “É uma maluquice”, comentou certa vez Bendine ao lhe perguntarem sobre a situação da petrolífera quando assumiu o cargo. Durante sua gestão houve embates entre os interesses de seu Conselho de Administração independente, sua diretoria, composta por funcionários de carreira, e os de Brasília.

O expressivo corte nos investimentos da Petrobras e o lançamento de um programa de venda de ativos enfrentaram forte oposição interna, e rendeu discussões acaloradas entre o que queria a diretoria da estatal e o que defendia naquela época o Conselho de Administração. Os investimentos da Petrobras, que no Plano 2014-2018 eram de US$ 220,6 bilhões, foram cortados para US$ 98,4 bilhões no plano 2015-2019 e lançado na gestão de Bendine, que deixou a companhia em maio de 2016.

Apesar de curta, a temporada na Petrobras de Bendine não foi recorde. A empresa já teve presidentes que ficaram por poucos meses, caso de Juraci Magalhães, primeiro presidente e que ficou de maio a setembro de 1954 no governo Getulio Vargas. O que ficou menos tempo foi Orlando Galvão de janeiro a abril de 1989 no governo José Sarney. Os mais longevos foram Joel Mendes Renó, 1992 a 1999, no governo Itamar Franco, e José Sérgio Gabrielli, de 2006 a 2012 no governo Lula.

O novo presidente da companhia, Pedro Parente, reduziu ainda mais os investimentos, para US$ 74,1 bilhões. Além dos elevados prejuízos da Petrobras com casos de corrupção em diversos projetos, a situação financeira da petroleira se agravou mais ainda com a forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional, que ocorreu a partir de 2015. (AG)

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