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Cinema Faltam duas semanas para a entrega do Oscar. Fique por dentro

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Greta Gerwig e Jordan Peele (foto) concorrem ao prêmio de melhor direção.

Romance entre uma faxineira muda e um monstro aquático, “A forma da água”, do mexicano Guillermo del Toro, lidera as indicações ao Oscar, concorrendo em 13 categorias. Mas o que chamou atenção na lista de concorrentes tem menos a ver com números altos e mais com escolhas feitas para evitar polêmicas.

É que, em tempos de intensa luta a favor da igualdade de gênero e da inclusão, a Academia corrigiu algumas das injustiças da temporada, incluindo entre os indicados nomes anteriormente esnobados – deixando de fora quem, bem, está com a imagem pública prejudicada.

Dando nomes aos bois: Greta Gerwig (“Lady Bird: é hora de voar”) e Jordan Peele (“Corra!”) concorrem ao prêmio de melhor direção, ou seja, uma mulher e um homem negro estão no mesmo segmento. É um evento raro e contrastante com o Globo de Ouro, no qual a categoria foi povoada apenas por homens brancos.

Não para por aí: Rachel Morrison acaba de fazer História como a primeira mulher indicada a melhor direção de fotografia, por “Mudbound”. E quem gosta de esbravejar que a Academia só está “cumprindo cota”: assista ao filme. A fotografia é linda.

O ator James Franco (“O artista do desastre”), vencedor do Globo de Ouro e do Critics Choice — e até então considerado um dos favoritos —, foi ignorado. O recado de Academia é claro: o prêmio não vai celebrar um homem acusado de má conduta sexual.

Mensagem semelhante está implícita na indicação de Christopher Plummer (“Todo o dinheiro do mundo”) como melhor ator coadjuvante. Não há dúvida de que o veterano artista tem talento. Mas a sua ágil inclusão nesta temporada de premiações também serve de posicionamento diante da situação de Kevin Spacey, demitido do filme (e substituído por Plummer) após denúncias de assédio sexual.

A 90ª edição do Oscar vai acontecer em meio aos movimentos #MeToo e Time’s Up, e anos após o #OscarsSoWhite, quando apenas atores brancos haviam aparecido entre os indicados. Neste ano, atores negros como Daniel Kaluuya (“Corra!”), Denzel Washington (“Roman J. Israel, Esq.”), Mary J. Blige (“Mudbound: lágrimas sobre o Mississippi”) e Octavia Spencer (“A forma da água”) concorrem em categorias de atuação. Sinal dos tempos: a Academia ouviu as críticas e tomou medidas práticas.

Esnobadas

Em geral, as indicações não surpreenderam. Mas, como sempre, houve esnobadas pontuais. A que salta mais aos olhos é a ausência total de “Mulher Maravilha”, de Patty Jenkins, um dos blockbusters mais elogiados e vistos do ano.

Steven Spielberg também não foi lembrado, ainda que o seu “The Post” tenha emplacado a principal categoria, a de melhor filme – uma indicação vista por muitos como política, já que a trama ressalta a importância da liberdade de imprensa, tema relevante para os Estados Unidos atuais.

O alemão “Em pedaços”, vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, ficou, surpreendentemente, fora da categoria no Oscar. Como já se sabia, “Bingo, o rei das manhãs” não estava no páreo. Mas, se serve do consolo, o país está, de certa forma, representado por duas pessoas: Rodrigo Teixeira, um dos produtores de “Me chame pelo seu nome” (que recebeu quatro indicações, incluindo melhor filme) e Carlos Saldanha, diretor da animação “O touro Ferdinando”.

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