Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A primeira composição reconhecida como marchinha de Carnaval foi Abre Alas, da pianista e regente Chiquinha Gonzaga, datada de 1889, para o cordão Rosa de Ouro. O auge do gênero musical aconteceu entre as décadas de 1920 e 1960. Os sucessos de um ano se repetiam nos seguintes e até hoje são lembrados. Algumas das marchinhas mais conhecidas:
Allah-La ô; As águas vão rolar; Bandeira branca; Cabeleira do Zezé; Cachaça não é água; Chiquita Bacana; Jardineira; Linda morena; Máscara negra; Me dá um dinheiro aí; O teu cabelo não nega; Sassassaricando; Turma do Funil; Um pierrô apaixonado e Yes, nós temos bananas.
Compositores como Roberto Martins e Frazão aproveitaram para criticar comportamentos na política. O Brasil vivia sob a ditadura de Getúlio Vargas, que impunha a censura aos jornais e às rádios, mas liberava no Carnaval. O Cordão dos Puxa-Saco, sucesso de 1940, é um exemplo:
Passados 76 anos, não mudou. O Cordão dos Puxa Saco, que começa em Brasília e se espalha pelo País, está cada vez maior.
Outros marchinhas famosas de Roberto Martins, nascido em 1909 no Rio de Janeiro, são Cadê Zazá e Cai, Cai. Suas composições foram gravadas por Francisco Alves, Araci de Almeida, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos Galhardo e Anjos do Inferno.
Frazão nasceu em 1901 no Rio de Janeiro, aprendeu flauta e violão aos 12 anos, e compôs dezenas de músicas para o Carnaval.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.