Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Nesta sexta-feira, são assinalados 50 anos da assinatura pelo presidente Castelo Branco do Ato Complementar número 4 que extinguiu partidos políticos, constituídos a partir de 1945. A 20 de novembro de 1965, desapareceram os Partidos Trabalhista Brasileiro, Social Democrático, Libertador, de Representação Popular, Democrata Cristão, União Democrática Nacional e Movimento Trabalhista Renovador, entre outros.
Em outubro de 1965, candidatos do PTB e do PSD, considerados de oposição ao governo, tinham vencido as eleições nos estados da Guanabara, de Minas Gerais, de Santa Catarina, do Mato Grosso e do Rio Grande do Norte. O regime militar respondeu, demonstrando que seu objetivo era reescrever a história do País.
Ficou fixado prazo até 15 de março de 1966 para a formação de novos partidos que deveriam ter, no mínimo, 120 deputados federais e 20 senadores.
O colunista Flávio Tavares, no jornal Última Hora, do Rio de Janeiro, expressou seu pessimismo:
“O apoio compacto de que o Governo desfruta no Senado possibilitará apenas o surgimento de duas agremiações, diferenciadas entre si pelas desavenças e querelas distritais, separadas pela disputa local de lideranças, mas identicamente alinhadas em favor do governo em plano nacional e sem qualquer distinção mais profunda de rumos e de ideologia.”
Em 1966, foram registrados na Justiça Eleitoral o Movimento Democrático (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Ainda a 20 de novembro de 1965, o ministro da Justiça, Juraci Magalhães, ao ser perguntado por repórteres sobre os 350 intelectuais que assinaram documento de solidariedade a oito escritores presos pelo regime, afirmou que “este também é caso de prisão”. Acrescentou que “o procedimento do governo em relação às manifestações de hostilidade e de desacato à sua autoridade será uniforme, punindo com rigor”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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