Brasil A inadimplência chega a quase 40% da população adulta brasileira
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2017
O primeiro trimestre de 2017 registrou uma alta no número de pessoas físicas inadimplentes no Brasil. No final de março, esse contingente era de 59,2 milhões de consumidores, contra 58,3 milhões de dezembro. Os dados do indicador do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) apontam que 39,3% da população entre 18 e 95 anos de idade está com o “nome sujo” no comércio.
“Embora a estimativa tenha crescido no primeiro trimestre, o ritmo de crescimento é menor do que o verificado no início da crise econômica do País”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “Essa desaceleração ocorre desde o segundo trimestre do ano passado e reflete tanto a recessão econômica, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias, quanto a redução da tomada de crédito por parte dos consumidores e de sua propensão às compras. O consumidor tem tido maior cautela com o consumo, além de maior dificuldade para conseguir crédito. Assim, torna-se mais difícil ele ficar inadimplente.”
Faixa etária
A estimativa por faixa etária indica que a maior frequência de negativados ocorre no segmento entre 30 e 39 anos, uma vez que em março metade dessa população (50,1%) estava com o nome incluído em listas de proteção ao crédito, totalizando 17,1 milhões de pessoas. Outra duas parcelas significativas de inadimplentes têm de 40 a 49 anos (47,15%) ou 25 a 39 anos (46,83%).
A maior parte dos devedores em atraso está na Região Sudeste, com 25,1 milhões de consumidores, seguida pelo Nordeste (15,5 milhões), Sul (8,3 milhões), Norte (5,3 milhões) e Centro-Oeste (4,8 milhões). As informações disponíveis referem-se a capitais e cidades do interior de 27 Estados.
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