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Por Redação O Sul | 9 de março de 2018
A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) recuou em Porto Alegre e em mais quatro capitais pesquisadas na primeira semana de março, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta sexta-feira (09).
Na Capital gaúcha, o IPC-S registrou variação de 0,09%. O resultado foi 0,12 ponto percentual inferior ao verificado na quarta semana de fevereiro. Nesta edição, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em
suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos educação, leitura e recreação e saúde e cuidados pessoais, cujas taxas passaram de 0,31% para -0,25% e de 0,50% para 0,37%, respectivamente.
A inflação para o consumidor também caiu em Salvador (0,64% para 0,51%), Brasília (0,06% para -0,08%), Recife (0,01% para -0,05%) e São Paulo (0,11% para 0,07%). Em contrapartida, o IPC-S acelerou nas cidades de Belo Horizonte (-0,13% para 0,12%) e Rio de Janeiro (0,18% para 0,19%), segundo a FGV.
Indicador Antecedente de Emprego
O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), também divulgado pela Fundação Getulio Vargas, avançou 1,9 ponto em fevereiro, atingindo 109,6 pontos, o maior nível da série histórica, sinalizando um possível cenário de aceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho nos próximos meses.
“O otimismo com o maior crescimento da economia ao longo deste ano e a perspectiva de uma maior contratação ao longo de 2018 explicam o elevado nível do Indicador Antecedente de Emprego”, afirmou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV.
No mês de fevereiro, o ICD (Indicador Coincidente de Desemprego) permaneceu relativamente estável, com variação de 0,4 ponto, alcançando 97,1 pontos. Mesmo com o resultado positivo, o indicador, em termos de média móvel trimestral, se mantém em queda.
“Apesar da perspectiva de melhora futura, da criação de vagas e da expectativa de forte geração de empregos formais em 2018, a taxa de desemprego permanece em nível elevado. O ICD reflete a elevada taxa de desemprego do País. Apesar da geração de vagas, a expectativa é de que a taxa de desemprego permaneça em níveis elevados”,explicou Barbosa Filho.
O avanço do IAEmp no mês é resultado da alta de seis dos sete indicadores que o compõem, com destaque para os que medem a situação dos negócios atual no setor de Serviços e da Indústria de Transformação, com variações na margem de 4,9 e 4,4 pontos, respectivamente.
O resultado positivo do ICD foi influenciado majoritariamente por uma melhora das avaliações dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2.100 e R$ 4.800, cujo Indicador de Emprego (invertido) subiu 3,1 pontos.