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Brasil João de Deus disse “não se lembrar” das mulheres que o acusam de crime sexual

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João de Deus foi interrogado nesta quarta-feira (26) no Ministério Público. (Foto: Cesar Itiberê/Fotos Públicas)

Em depoimento ao MP-GO (Ministério Público de Goiás), João de Deus afirmou que não se lembrava das mulheres que o acusaram de abuso sexual, segundo advogado dele, Alberto Toron. As declarações foram dadas nesta quarta-feira (26). Ainda de acordo com o defensor, o médium também negou ter cometido abusos contra mulheres que o procuravam para tratamento espiritual em Abadiânia. Ele respondeu perguntas dos promotores e da própria defesa.

“Os promotores agiram com correção no depoimento, foi importante e  esclarecedor, já que ele respondeu a todas as perguntas. Ele disse que não se lembrava de quem eram as vítimas, ressaltou que atendida muitas pessoas e que era impossível lembrar pelo nome, até porque não foi mostrada nenhuma foto”, afirmou Toron.

Ainda de acordo com declaração do advogado, João de Deus foi questionado apenas sobre três casos de abuso sexual, não tendo sido perguntado sobre os R$ 1,6 mil, armas ou pedras encontrados em endereços dele. A defesa disse ainda que aguarda a denúncia do MP-GO.

“Sob prisma processual, pareceu satisfatória a audiência que tivemos. […] Só depois de sabermos qual o caso será detalhado na denúncia vamos definir os passos da defesa”, completou.

O médium está preso suspeito dos abusos sexuais e teve um segundo mandado de prisão deferido por posse ilegal de arma de fogo. Sobre os pedidos de soltura dele, Toron disse que vai aguardar o resultado do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o habeas corpus impetrado referente à primeira ordem de prisão, para então entrar com novo pedido de soltura, se for o caso.

Toron acrescentou que foi montada uma força-tarefa com advogados de São Paulo, Goiás e Brasília para “poder defender adequadamente, minimamente, seu João de Deus”.

Depoimento e investigação

João de Deus chegou por volta das 10h ao MP-GO, após deixar o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, sob forte escolta. O depoimento começou cerca de 40 minutos depois e terminou por volta de meio-dia. O advogado dele afirmou que a demora ocorreu por formalidades e que não houve imprevistos.

“Ele está abatido, foi desnecessariamente levado dentro de um camburão, me parece uma prática inadequada para um homem de 77 anos que não é um assaltante, ou seja, não tem perigo de fuga”, pontuou Toron.

Os promotores iniciaram uma força-tarefa para apurar as denúncias contra o médium após relatos de mulheres virem à tona no programa Conversa com Bial, da TV Globo, no início de dezembro. Até a manhã desta quarta, o MP-GO recebeu quase 600 denúncias, por e-mail, contra o médium.

Do total de relatos, a força-tarefa colheu 78 depoimentos de mulheres.

Assim como o MP-GO, a corporação montou uma força-tarefa para apurar os crimes. Os policiais receberam 16 denúncias, sendo que nove viraram inquéritos – um deles já concluído e indicia o médium por violação sexual mediante fraude, e os demais seguem em andamento.

Os promotores vão juntar o inquérito que a Polícia Civil concluiu com outros três relatos que recebeu para oferecer a primeira denúncia contra o médium. O documento precisa ser entregue ao Poder Judiciário até domingo (30), que é o prazo legal.

Prisão e denúncias

João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, quando se entregou à Polícia Civil. Ele está detido no Núcleo de Custódia do Completo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde dorme sozinho, mas passa o dia em uma cela com outros quatro presos. O médium teve um segundo mandado de prisão deferido, desta vez por posse ilegal de arma de fogo.

 

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