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Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2015
A prefeitura de Linhares, no Espírito Santo, interditou as praias de Regência e Povoação após a chegada ao mar da lama do rompimento de barragem em Mariana (MG). Foram espalhadas placas ao longo das praias informando que a água está imprópria para o banho.
A lama com rejeitos de minério vinda pelo rio Doce atingiu o mar no domingo. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a lama deverá se espalhar por uma extensão de 9 quilômetros no mar. A população de Regência e Povoação vive da pesca e do turismo e tem as atividades prejudicadas com a água barrenta que avança sob o mar.
O titular da 3ª Vara Civil de Linhares, juiz Thiago Albani, determinou que a Samarco retirasse as boias de contenção instaladas e abrisse a foz do rio Doce para que a lama de rejeitos se dissipe no mar. A ação foi ajuizada pela Procuradoria da prefeitura de Linhares. Para especialistas, reter a chegada da lama ao mar traria mais prejuízos como o risco de inundações e decantação do sedimento em lagoas da região.
A decisão de abrir a foz do rio contraria a ordem da Justiça Federal do ES, que exigia da mineradora a tomada de medidas para impedir a chegada da lama ao mar.
A Samarco divulgou nota informando que toma as providências definidas pelo Ministério Público, Instituto Chico Mendes e Tamar, de modo a direcionar a lama para o mar e proteger a fauna e flora na foz do rio Doce.
De acordo com o comunicado, a empresa fornece equipamentos para abertura do banco de areia que impede a chegada do rio ao mar no lado sul da foz. “Quatro máquinas trabalham 24 horas por dia nas escavações, com apoio de uma draga e bombas que ajudam no bombeamento da lama.”
O documento informou também que a barreira de contenção continua sendo instalada nas margens do rio com o objetivo de proteger a fauna e flora, sem impedir o escoamento da lama para mar. (ABr)