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Mundo Mais de 160 mil francesas já assinaram o pedido contra a proposta do presidente francês de criar um cargo formal para sua mulher como primeira-dama do país

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"Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço", ironizou um deputado. (Foto: Reprodução)

Mais de 160 mil já assinaram pedido online contra a proposta de criar uma posição oficial de primeira-dama para Brigitte Macron. Petição ocorre em momento de forte queda de popularidade do presidente francês. Até este domingo (6), mais de 160 mil pessoas haviam assinado uma petição online contra a proposta do presidente francês, Emmanuel Macron, de criar um cargo formal para sua esposa Brigitte, como primeira-dama do país.

A petição iniciada há duas semanas, que pode ser acessada no site change.org, é no sentido de que não se coloque dinheiro público à disposição da primeira-dama. A exigência se dirige ao presidente e ao primeiro-ministro Édouard Philippe.

Na campanha eleitoral que levou a sua vitória nas presidenciais francesas de maio, Macron anunciou a intenção de criar um “cargo público” para a esposa, a fim de deixar claro seu status, acabando com o limbo oficial das predecessoras de Brigitte Macron, e “abandonar uma hipocrisia francesa”, embora “sem ser remunerada pelo contribuinte”.

O cumprimento dos planos de Macron também incomodou parte da classe política, num momento em que o governo tenta cortar gastos no orçamento. No início de agosto, Paris lançou um projeto de lei que proíbe ministros e parlamentares de contratarem parentes seus como assistentes.

“Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço”, ironizou recentemente sobre o assunto o deputado do partido liberal-conservador Os Republicanos, Thierry Mariani.

Moralização de gastos públicos

Opositores da esquerda radical também já protestaram no Parlamento francês contra o plano de Emmanuel Macron. Antes, eles haviam defendido em vão uma emenda vetando que meios financeiros sejam destinados a familiares do presidente, de membros do governo ou de parlamentares.

Segundo o texto da petição, “Brigitte Macron já tem uma equipe com dois ou três assistentes, assim como dois secretários e dois agentes de segurança. É suficiente”. Thierry Paul Valette, que iniciou a convocação online e se descreve como pintor, autor e “cidadão engajado”, diz não haver “nenhuma razão” para um orçamento próprio, proveniente de fundos públicos, para a esposa do chefe de Estado.

Ao mesmo tempo, Valette afirma criticar “ferozmente todos os ataques sexistas contra Brigitte Macron” – numa alusão a comentários recorrentes sobre o fato de elea ser 25 anos mais velha que o marido – e não questionar, “absolutamente, suas competências”. No entanto, “num período de moralização da vida política francesa, não podemos apoiar a iniciativa de um estatuto específico” para a ex-professora de teatro.

As funções da primeira-dama não serão definidas antes de setembro, quando se inicia o novo ano político na França, mas entre suas prioridades figuram a escolarização de crianças hospitalizadas e as dificuldades enfrentadas por portadores de deficiência.

Queda de popularidade

A petição no change.org chega num momento em que Emmanuel Macron registra uma queda de popularidade quase inédita na França, segundo sondagem do instituto internacional YouGov, publicada em 3 de agosto. Numa enquete realizada entre 26 e 27 de julho com 1.003 cidadãos maiores de 18 anos, apenas 36% aprovaram sua atuação à frente do governo, enquanto 49% a consideraram negativa. Isso representa um incremento de 13 pontos percentuais em relação a uma pesquisa do instituto Ifop de meados de julho – portanto antes de anúncios polêmicos como o corte de cinco euros por mês no auxílio-moradia.

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