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Brasil Morre, aos 86 anos, o poeta Ferreira Gullar

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Gullar estava hospitalizado no Rio de Janeiro (Foto: Cecilia Acioli/Folhapress)

O poeta, escritor e teatrólogo Ferreira Gullar morreu neste domingo (04), no Rio de Janeiro, aos 86 anos. Ele estava internado no hospital Copa D’Or, havia cerca de 20 dias, devido a uma insuficiência respiratória. Nascido com o nome de José de Ribamar Ferreira em São Luís (MA), em 10 de setembro de 1930, Ferreira Gullar foi um dos maiores escritores brasileiros do século 20. Ele foi eleito para a ABL (Academia Brasileira de Letras) em 2014.

Cresceu em sua cidade natal e decidiu se tornar poeta na adolescência. Com 18 anos, passou a frequentar os bares da Praça João Lisboa e o Grêmio Lítero-Recreativo. Aos 19 anos, descobriu a poesia moderna depois de ler Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.

O perfil de Gullar no site da ABL informa que, inicialmente, o escritor “ficou escandalizado com esse tipo de poesia”, mas mais tarde aderiu ao estilo, tornando-se “um poeta experimental radical”. Certa vez, ao comentar o período, afirmou: “Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema”.

Militante do Partido Comunista, Gullar exilou-se na década de 1970, durante a ditadura militar. Nesse período, viveu na União Soviética, na Argentina e no Chile. O retorno ao Brasil aconteceu em 1977, quando foi preso por agentes do Departamento de Polícia Política e Social no dia seguinte ao desembarque, no Rio. Foi libertado depois de 72 horas de interrogatório graças à intervenção de amigos junto a autoridades do regime.

Veja abaixo os livros publicados por Ferreira Gullar:

Poesia

“Um pouco acima do chão” (1949)
“A luta corporal” (1954)
“Poemas” (1958)
“João Boa-Morte, cabra marcado para morrer” [cordel] (1962)
“Quem matou Aparecida?” [cordel] (1962)
“A luta corporal e novos poemas” (1966)
“Por você, por mim” (1968)
“Dentro da noite veloz” (1975)
“Poema sujo” (1976)
“Na vertigem do dia” (1980)
“Crime na flora ou ordem e progresso” (1986)
“Barulhos” (1987)
“Formigueiro” (1991)
“Muitas vozes” (1999)

Crônica

“A estranha vida banal” (1989)

Infantil e juvenil

“Um gato chamado gatinho” (2000)
“O menino e o arco-íris” (2001)
“O rei que mora no mar” (2001)
“O touro encantado” (2003)
“Dr. Urubu e outras fábulas” (2005)

Conto

“Gamação” (1996)
“Cidades inventadas” (1997)

Memória

“Rabo de foguete” (1998)

Biografia

“Nise da Silveira” (1996)

Ensaio

“Teoria do não-objeto” (1959)
“Cultura posta em questão” (1965)
“Vanguarda e subdesenvolvimento” (1969)
“Augusto dos Anjos ou morte e vida nordestina” (1976)
“Uma Luz no Chão” (1978)
“Sobre Arte” (1982)
“Etapas da Arte Contemporânea: do Cubismo à Arte Neoconcreta” (1985)
“Indagações de Hoje” (1989)
“Argumentação Contra a Morte da Arte” (1993)
“Relâmpagos” (2003)
“Sobre Arte, sobre Poesia” (2006)

Teatro

“Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come” (1966), com Oduvaldo Vianna Filho
“A saída? Onde fica a Saída?” (1967), com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa
“Dr. Getúlio, Sua Vida e Sua Glória” (1968), com Dias Gomes
“Um rubi no umbigo” (1978)
“O Homem como Invensão de si Mesmo” (2012)

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https://www.osul.com.br/morre-aos-86-anos-o-poeta-ferreira-gullar/ Morre, aos 86 anos, o poeta Ferreira Gullar 2016-12-04
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