Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Fernando Haddad desagrada parcela considerável do PT ao adotar no 2º turno discurso moderado e centrista. Além disso, fecha a porta à participação de José Dirceu na campanha. Ontem, avançou mais, dizendo que “se dirigente do partido errou e há provas, tem que ir para cadeia”.
O que ninguém tentou
As corporações têm motivo a mais para se contrapor a Jair Bolsonaro: o anúncio de que, se for eleito, executará uma reforma administrativa profunda.
Há pressa
Técnicos das equipes de Bolsonaro e de Haddad se assustam com os números da Previdência Social. Após análises, nos últimos dias, a conclusão é de que o déficit vai estourar o caixa do Tesouro Nacional. Todos consideram a reforma inadiável.
Confissão
Diretores de institutos de pesquisas eleitorais voltam a dizer que a decisão do voto ocorre cada vez mais tarde. Para não repetir os erros grosseiros do 1º turno, devem adiar para a última hora a realização e divulgação dos levantamentos.
Não fugirão ao costume
O tiroteio nos programas de propaganda eleitoral vai se estender até o dia 26. Muitas provocações, exibicionismos e quase nada sobre planos de governo.
Sem solução
O governo do Estado do Rio de Janeiro assoprou velinhas a 17 de junho, assinalando dois anos da assinatura do decreto de situação de calamidade financeira. Dia 22 de novembro será a vez do Rio Grande do Sul e, a 6 de dezembro, Minas Gerais.
As justificativas apresentadas foram os efeitos da crise econômica na capacidade de financiamento do setor público, além da queda na arrecadação e o aumento dos gastos com pessoal.
A condição de penúria dos três Estados segue inalterada.
Quem diria…
Dá para se ouvir o zumbido de insetos, mas é absoluto o silêncio em relação ao déficit previsto de 7,4 bilhões de reais no orçamento do Estado em 2019. Políticos, empresários, funcionários, devem todos achar que é muito normal.
Preferiram a experiência
O empresário Romeu Zema, do Partido Novo, alcançou 43% dos votos, derrotando o político profissional Antonio Anastasia, do PSDB, que ficou com 29% no 1º turno da corrida ao governo de Minas Gerais. Os eleitores preferiram o defensor de ideias e valores alicerçados no liberalismo, meritocracia e mudanças na política. As empresas de Zema faturam 4,4 bilhões de reais por ano e têm 5,3 mil em mais de 800 pontos de venda.
A fila andou
Uma das grandes lições de domingo passado é que políticos populistas e clientelistas perderam as bases da noite para o dia. Consideravam-se indestrutíveis, mas os eleitores foram implacáveis.
Retrato esquecido
Sobre o que os candidatos não tratam: dentre 127 países analisados pelo Programação Internacional de Avaliação do Ensino, os alunos brasileiros ficaram em último lugar na disciplina de Matemática e penúltimo em Ciências. Mais: o país tem 16 milhões de analfabetos. Entre os que sabem ler, mais de 50% não entendem o conteúdo.
Consumidores da pior qualidade
A legislação que torna o ensino de música obrigatório nas escolas da rede pública e privada completa dez anos mas não saiu do papel. Subentende-se música de qualidade. As multinacionais aplaudem a omissão criminosa. Os alunos brasileiros, desconhecendo algo melhor, seguirão consumindo sem parar o lixo que vem dos Estados Unidos.
Desafinou
Há algumas décadas, as escolas tinham dois tipos de ensino de música. Uns formavam apreciadores e intérpretes talentosos. Outros, por falta de competência e responsabilidade das direções, deixaram que se transformassem aulas da esculhambação. Deu no que deu.
Dois em um
O Estado brasileiro consegue ser, ao mesmo tempo, omisso na prestação de serviços e excessivo na cobrança de tributos.
À beira de nova eleição
Mais do que nunca, há necessidade de paciência…
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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